Caminho das Ginjas, realidades distintas.

 

N os anos 80 foi aberto este caminho com o intuito de ter mais uma alternativa chegada/saída de São Vicente, ajuda na agricultura, etc. Hoje, ano 2022, a realidade é totalmente diferente, já temos o túnel da Encumeada, os tuneis para a Ponta Delgada e as 3 estradas regionais (uma que liga a Encumeada e ao Paul da Serra e que é mais rápida do que o Caminho das Ginjas,  segundo o Google Maps é só fazer a simulação), a ER Ponta delgada e a via rápida para o Porto Moniz, São Vicente que tem um parque industrial ao abandono e diminuição demográfica de pessoas anualmente, sem agricultura convencional, desemprego. A solução é fazer mais uma estrada? E quando dizem que o caminho tem montes de infestantes, sim no primeiro quilometro sentido ascendente, o resto está tudo equilibrado. Hoje em dia, do Caniçal à Ponta do Pargo, demoramos 1 hora de carro, no último ano passamos para primeiro como a região com mais pessoas em risco de pobreza extrema e a solução é mais alcatrão e betão? Continuamos a cometer os mesmos erros.

E, se comparamos com a estrada do Fanal, neste momento não foi a salvação da Ribeira da Janela, vemos as infestantes cada vez mais em força naquela zona, o gado (vacas) ali existente não deixa as novas urzes e Tis crescerem e não comem a carqueja nem a giesta, além dos dejetos serem muito ácidos e prejudiciais ao solo, sem tempo de compostagem. Neste momento o gado deveria ser deslocado dali até as plantas crescerem e depois analisar o regresso ou não dos mesmos. E quem passa no Paul da Serra vê que andaram a limpar algumas zonas mas já vemos novos rebentos de infestantes, em um ano estará tudo igual, Sra Susana Prada não dou dicas de como deve de ser feito corretamente, apenas peço a sua demissão.

li o texto "Dêem aos ignorantes uma Laurissilva fatiada, peço mais uma estrada!"  e posso dizer que a mancha de Laurissilva hoje não corresponde aos 15 mil hectares, aquando do galardão da UNESCO em 1999, e porquê? Contabilizando os fogos de 2010 e outros anos, do parque ecológico até ao Arieiro, do Arieiro até ao Ruivo, do Ruivo até ás Torrinhas (face sul), da Boca do Corrida até a Encumeada, da Serra d' Água até ao Lombo do Mouro e Bica da Cana, Paul da Serra, da Calheta ao Rabaçal, das Achadas da Cruz até ao Paul da Serra, no Fanal (após a Estrada), o verde que se vê após os incêndios são maioritariamente infestantes, certamente a área total da Laurissilva neste momento é muito inferior, e se estou errado comprovem com uma comissão independente incluindo a UNESCO com técnicos de Bruxelas. Basta ver as 500 mil arvores plantadas que nem 10% sobreviveram, mais uma vez digo, se estou errado comprovem. E vamos cortar mais 40 hectares de floresta? É uma área equivalente a 40 campos de futebol. Estamos no nível critico segundo a UNESCO de preservação e engane-se quem diz que este é um galardão de “plástico” pois muito dinheiro de fundos europeus que entram na Madeira, a fundo perdido, advém deste galardão. Pelas pragas da Bíblia já tivemos as inundações, os fogos, a praga de gafanhotos, só nos falta a seca e para lá caminhamos a passos largos, e as alterações climáticas estão aí.

P.S.: Gostaria de perguntar aquelas pessoas que prometeram porrada e manifestaram-se  a favor da estrada, se têm filhos e onde estão? Provavelmente a resposta será imigrados á procura de uma vida melhor.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 24 de Abril de 2022
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