A operação PATRIRAM é digna de ser um caso de polícia

Nota Prévia: técnica para a leitura da publicação, leia primeiro a explicação, que é curta, e depois confirme nos documentos.

A té 2007, o GR era proprietário da quase totalidade dos imóveis onde se instalavam os seus serviços, até que nesse ano tiveram a ideia de criar a PATRIRAM, através do Decreto Legislativo Regional n.o 7/2007/M, Criação da PATRIRAM - Titularidade e Gestão de Património Público Regional, S. A.:

O argumento utilizado para criar uma empresa pública, com a titularidade e gestão dos imóveis, era de criar "novos modelos de rentabilização e racionalização desse património".

É importante perceber o contexto regional que se vivia:

  • tínhamos as Sociedades de Desenvolvimento, criadas em 2001, com o objectivo de promover "construção e adaptação de infraestrutruras", endividadas até ao tutano;
  • o Governo Regional estava quase sem dinheiro para pagar ordenados;
  • o Governo Regional estava a acumular uma dívida astronómica que se viria a saber oculta;
  • o Governo Regional estava a braços com uma Lei das Finanças Regionais que levou à demissão de Jardim e à convocação de eleições antecipadas.

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Voltando à PATRIRAM, que Jardim decidiu constituir depois de ter ganho novamente as eleições, foi utilizada como mais um instrumento de endividamento, colocando todo o património público regional no prego, resultando o seguinte esquema:

  • Na prática, foi feita uma concessão por 50 anos dos edifícios da RAM em que a PATRIRAM pagou ao GR 150 milhões de euros.
  • O Governo Regional fez contratos de arrendamento para poder ficar nesses mesmos espaços, que eram seus, e passou a pagar rendas à PATRIRAM.
  • Para pagar os 150 milhões, a PATRIRAM que tal como o seu acionista único, o Govreno Regional, não tinha dinheiro, foi pedir um empréstimo à banca com a assessoria do BES.
  • Acabou por contratar um empréstimo ao banco Credit Suisse, por 30 anos, pagando 450 milhões de euros.
Com esta operação, conseguiram fugir aos limites de endividamento da região e penhorar todo o nosso património regional. O governo regional passou à condição de sem teto! Jardim continuava em manobras de diversão, tal como muitas na atualidade, corroborada pela comunicação social vergada, propriedade do "sistema".
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Miguel Silva Gouveia

Na actualidade, os neo jogadores da dívida imitam o "pai" da mesma, são uma serpente com duas cabeças e andam às cabeçadas. Novamente dois a querer a mesma pantufa. Convém que todos aqueles que andam distraídos a assobiar, a gozar a vida e a achar tudo enfadonho, verifiquem como tudo é explicado neste relatório de auditoria do Tribunal de Contas: 


Nos últimos anos, com o PAEF, as coisas estiveram calmas até que, com Albuquerque, voltou o mesmo expediente com a entrega da Quinta Magnólia (entre outros) à PARTRIRAM.

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Esta é uma forma do governo poder reabilitar o seu património com fundos comunitários dos quais gere também a distribuição. Obras e dinheiro a circular, Mas isso também dá um novo caso de polícia que ficará para outras núpcias.

Na prática, a PARTRIRAM serviu para injectar dinheiro rápido nos cofres do governo e tornou-nos todos arrendatários, correndo o risco de ser despejados em caso de incumprimento. Decidi escrever este texto com esta notícia: Governo Regional arrenda espaço no Savoy Palace (link)

Seria bonito ver o Conselho de Governo posto na rua da Quinta Vigia, por falta de pagamento da renda, e passarem a reunir no palácio do verdadeiro Presidente da Madeira,  no Savoy Palace, suportado por nós!

Já esteve mais longe ...

Obs. #1: Albuquerque quis chegar ao poder e usufruir, nada do argumentário que o levou a Presidente do PSD e do GR foi cumprido. No seu mandato, continuou a autocracia, desta feita polida e sorridente, silenciou a comunicação social e imita todo menu de Jardim. Conclui-se que brigam unicamente para liderar a mesma máquina sorvedoura...

Obs. #2: A Comunicação Social, feliz por satisfazer os patrões, está a omitir o que é notícia e a investigação que deveria fazer. Executa o plano de intimidação e anulação da pouca oposição que temos para contrapor esta situação. Por isso, é justo dizer que agora toda a manobra do PSD-M está suportada pela comunicação social. Os jornalistas são cúmplices.

Obs. #3: Este Governo Regional, que assim governa o património de todos, não resolve as expropriações do Novo Hospital, propriedade legítima de privados a tempo e horas e com dignidade, põe a andar "legalmente" à bruta por causa das supremas obras que nos empobrecem. Podem invocar todas as legalidades mas as pessoas nem têm dinheiro nem estão em suas casas.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 28 de Abril de 2022
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