Os jornalistas e o anonimato

 

E sta manhã pus-me a ver o "jogo" pelos jornais, não as competições europeias, mas detetar os enredos e as interdependências, as orações encapotadas e os servicinhos de fé que rendem zona de conforto no seio autocracia. É impressionante como na Madeira não se decide ou governa, isto é tudo um expediente de levar dinheiro aos milhares para casa sem deixar uma Região melhor. Estamos a perder imenso tempo e também nós, sem fundos nem sustentabilidades, vamos apanhar um dia a ruina pela frente, a não ser uma imensa máquina cheia de gorduras a se arrastar.

Os jornalistas têm legislação que os protege e auxilia no exercício da sua profissão, num Estado de Direito, se muitos na Madeira aderem ao poder autoritário é porque:

  • não têm caráter para jornalistas;
  • sabem que a máquina aniquilou os pilares da democracia;
  • que os oligarcas são donos da economia, da democracia e deles;
  • são abusadores da sua condição para proveito próprio;
  • são publicitários  de uma qualquer agência e não jornalistas.
A pergunta é esta, se na Guerra da Ucrânia, na Ucrânia com bombas e na Rússia com perseguição, ninguém tivesse coragem de informar a população do verdadeiro estado da guerra, do "país", da autocracia, do rufia que tornou um país seu lugar de diversão, teríamos uma população a acreditar em mentiras e a apoiar o criminoso?

Bonito servicinho que andam a fazer na Madeira. Paralelismo.

A Opinião Pública, o conjunto dos cidadãos comuns a exercer a sua opinião, não têm o estatuto e a proteção dos jornalistas num Estado de Direito, muito menos a notoriedade que muitos têm, pela sua visibilidade, ao ponto de que se forem violentados, receberão imediatamente a condenação pública. O cidadão anónimo só se defende anónimo das bestas que abusam do poder para lhes lixar vida num contextos onde as instituições não funcionam.

Por esta razão, a guerra e os jornalistas que por lá andam, na Ucrânia e na Rússia, aqueles que de facto estão na guerra e em cidades de alto risco (não os de ir lá marcar o ponto confortável para o currículo), merecem um grande respeito. Em nada se comparam aos jornalistas sabujos que temos por cá. Com grande falta de lealdade com a sua profissão na Madeira, os jornalistas regionais (grande parte) constroem um futuro temível. Muitos jornalistas não passam de correspondentes de secretários, dos DDT, de Agências de Comunicação, de grupos dentro do poder que, quando sobe um, leva os outros. Temos patrocinados com viagens e preferências, agenda de destaques a amigos, os jornais hoje em dia são uma congregação de interesses e não informação.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 18 de Março de 2022
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