Madeira exporta cannabis


A cannabis é considerada a planta da discórdia. Muitos apoiam a sua livre comercialização para fins recreativos e medicinais e outros tantos consideram-na uma porta para drogas mais pesadas e letais. Para muitos médicos a cannabis é uma praga, mas outros médicos - que se mantêm no silêncio por medo de represálias - a cannabis é um medicamento igual a tantos outros. 

Se perguntarmos a um médico se o chá de Tília é um calmante natural que reduz a ansiedade e a pressão arterial, na melhor das hipóteses, ele esboça um sorriso duvidoso, por isso nem vamos discutir se os médicos ganham mais em recitar aspirinas do que chá. E vamos parar por aqui para não correr o risco de sermos processados pela Ordem dos Médicos.

Voltando ao assunto do texto. Não se conhece casos onde o consumo moderado de cannabis provoque o cancro do pulmão, como o vulgar tabaco, que possui mais de 70 substâncias químicas suscetíveis de incitar doenças cancerígenas, ou do consumo excessivo de álcool pelos nossos jovens na noite madeirense.

Quer se concorde ou não, há casos comprovados onde o consumo controlado da cannabis reduz a evolução de algumas doenças do foro oncológico e psiquiátrico. Um dos casos que conhecemos é o de uma madeirense com cancro na mama o que consome cannabis há mais de 12 anos correndo o risco de ser apanhada, julgada e presa, por estar a cometer um crime. E o melhor de tudo é que, segundo o seu médico, não está provado que a regressão do seu tumor maligno tenha a ver com o consumo de cannabis, mas sim obra do acaso, a que normalmente os leigos chamam de pura sorte. 

Outro caso, que também conhecemos, é o de um idoso com uma doença neurológica degenerativa conhecida por Parkinson que melhorou substancialmente, com a família a arriscar ser detida por tráfego. Com isto não queremos afirmar que a cannabis cure o que quer que seja, mas se perdurar a vida por mais uns anos dos nossos entes queridos, já vale o risco.

No meio disto tudo a hipocrisia vence! Enquanto se discute os malefícios do consumo de Cannabis, ganham os traficantes que vendem drogas psicóticas feitas a partir de fertilizantes e de outros químicos sintéticos capazes de causar danos psicológicos e sociais irreversíveis.

E como se tudo isto não fosse surpreendente, as autoridades andam mais entretidas em apanhar 5 gramas no bolso de qualquer estudante do que apreender os mais de 1500 metros quadrados de Estufas localizadas em apartamentos, que são propositadamente alugados para a exportação ilegal de Cannabis. 

Mas a piada disto tudo deixamos para o fim. No meio da balbúrdia do que é legal ou não, sabe-se que a Madeira exporta Cannabis de muito boa qualidade e que em contrapartida importa drogas sintéticas letais. Inacreditável? Sim!

O problema das Estufas é que a biotecnologia permite produzir Cannabis com elevados índices de Tetrahidrocanabinol (THC) em detrimento do Canabidiol(CBD) e isso sim - tal como o tabaco e o álcool - tem mais malefícios que benefícios. 

Mas nem toda a cannabis é considerada ilegal, na Madeira já existem lojas de Cannabis CBD como a “Cannabis Store Amsterdam”, a “Cannabis Bio Store” e a “CBWeed Shop” que, tal como as pizzas, até faz entregas ao domicílio. 

O Cannabis, como tudo o que bebemos, fumamos e comemos, tem de ser moderado, controlado e se isso for importante - para satisfazer o ego e o bolso de alguns médicos - que seja por aqueles que estudaram medicina. E o que dizer dos estudantes de medicina que consomem cocaína para passar nos exames de Anatomia com boas notas?

Liberalize-se a plantação limitada de Cannabis para fins recreativos e acabe-se com a hipocrisia!

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 20 de Março de 2022
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