A Covid está a galope e, para isso, bastou nos hospitais aligeirarem as medidas de controle, o caos faz o resto, quando não são respeitados os protocolos e os procedimentos internos. Tudo ao monte e fé em Deus, aliado ao laxismo, não deve ser tolerado numa estrutura hospitalar.
Notem e estejam atentos, pois, a mínima distração aliada à prepotência e à ignorância a coisa alastra como um tsunami dentro de um hospital. Transferências internas, de utentes entre serviços, porque apenas se precisa de vaga, dispensadas de verificação de critérios de segurança, não é boa prática, e até configura crime se a segurança de outros profissionais e doentes é colocada em causa.
Hoje muitos enfermeiros e AO's, são IGRA Positivo (Teste IGRA – Interferon Gamma Release Assay para auxílio no diagnóstico da Tuberculose Latente), a tuberculose está latente, por contato, basta transferir sem cuidado, sem respeitar os protocolos para doentes com tuberculose nos internamentos que não os podem acolher com segurança, e isso acontece, os responsáveis são os médicos que autorizam essas transferências a "dormir em serviço", ou muito cansados, ou até sem competência para a assumirem.
Está agora a acontecer com os doentes com Covid positivo, pois, descura-se procedimentos e protocolos, já existem serviços que nem a contingência ou a exigência do enfermeiro safa, que trabalha mesmo com teste positivo porque algumas chefias, mais distraídas, onde a dotação segura nem existe, até considera o profissional infectado, como apto!!!!
O Director Clínico, tem de abrir os olhos para estas situações de desrespeito por procedimentos internos de segurança, são os seus pares e são da sua responsabilidade, dois anos de pandemia fazem cair a pálpebra, o cansaço é visível, os erros aparecem, entupir serviços indiscriminadamente não resolve o caos nas urgências apenas muda-o de sítio, leva o caos aonde havia o mínimo de organização e disciplina.
E ao Conselho de Administração, estes problemas não chegam lá? E o registo destas situações internas, de incidentes clínicos e não clínicos é residual, ninguém liga, ou é sempre adequadamente composto o ramalhete de uma falsa normalidade?
A coisa tem de ser mais rigorosa e as check-list têm de ser independentes e executadas sem medos. Quantos enfermeiros no CHF Nélio Mendonça já assinaram o documento de escusa de responsabilidade, quando a carga de trabalho é excessiva e o "burro não aguenta"?
O mais provável a acontecer, em breve, será o encerramento de serviços por rutura total.
E a SRS e o IA SAUDE, comecem a levantar o traseiro da secretaria, pois o problema está já instalado! O bloco operatório na privada já era e no público, está se indo há muito, o COVID não deveria permitir obras, uns pingos de água do teto não são de agora mas a agua, fura tudo, até as mentes mais brilhantes ficam aparvalhadas.
Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 22 de Março de 2022
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