E nquanto tivermos a ARAE que temos que não fiscaliza os amigos do poder (não é só o terraço da Covid), o Secretário da Economia encaixado por tachismo de coligação, os organismos fiscalizadores a dormir e aquele Job fo the "Buy" do Galamba, as gasolineiras, todas elas, porque vão buscar todas à refinaria da GALP, estaremos tão cercados pelos bandidos "salvadores russos" como os ucranianos. Talvez também tenhamos que lutar com Javlins contra os cisternas de abastecimento na nossa guerra, para perceberem o grau de indignação.
Todos resolvem atirando o ónus para o consumidor final, mas não temos os vencimentos dos tachistas do Governo Regional nem somos privilegiados de outra índole. Eu entendo as dificuldades de todos, de quem produz (exceto combustíveis), eu entendo que muitos suportam parte dos custos para não perder clientela, eu tiro o chapéu a essa gente! Agora nos combustíveis, compreendendo e sendo solidário com os ucranianos não aceito ladrões a atuar nos preços. Há concertação de preços, eles são abusivos no nosso país e deveria haver averiguação independente à margem de todos os vendidos e tontos que colocam a mandar.
António Costa mostrou receio da atitude dos camionistas, porque tinham argumentos e as suas continhas puderam ser alteradas. Meus amigos, se as pessoas não soubessem a composição dos preços e que afinal os barril de petróleo só esteve exorbitante uma semana não reagiriam mal... porque são solidárias mas não para os outros manterem as suas margens... e ainda ganharem mais dinheiro, como o Estado, combustível mais caro sem alteração de imposto dá um Estado que não é solidário e a lucrar mais. Mas também por aqui o Governo Regional pode mexer nos preços pela margem nos impostos mas limita-se a anunciar, para não tocar de novo no senhor Luís Miguel Sousa com a sua (em parte) CLCM da Zona Franca. O senhor Rui Barreto é um peão do Sousa, é só ver a quantidade deles que aparecem sempre nas listas desse partido.
Mas agora vamos a novo caso e o que me leva a escrever para o CM. Muitos de nós conhecemos o cartão Poupa Mais do Pingo Doce em parceria com a BP, a originalmente Anglo-Persian Oil Company e que depois da queda do império passou a chamar-se British Petroleum. Esta manhã, numa BP do Funchal, fui abastecer para poupar em mais um aumento na Madeira e, sem qualquer comunicação do Cartão Poupa Mais, que poderão ver aqui (link) na sua página oficial, deparo-me com uma nova regra de gasolineira. Como a foto documenta, anularam os dois primeiros escalões de abastecimento. Porquê? Todas as contas incidem sobre um preço ao litro, as margem de lucro e desconto são por litro, agora sem dúvida que se deitares menos eles ganham menos mas não perdem, ganham o lucro por cada litro abastecido. O que assisti esta manhã é de uma Filha da Putice de último grau, meu dinheiro não é fêmea e eu vou gerir como posso em função do rendimento e das despesas da família, não vou abastecer mais para dar de mamar o que a gasolineira quer e, se está tabelado para todos, cumpram ou então desapareçam do Cartão Poupa Mais do Pingo Doce.
De todos os ângulos, leio a situação como a BP (seu franchisado, muitos do regime da Madeira) a maximizar o lucro, cancelam os descontos mais baixos e obrigam a deitar mais combustível. Estão solidários com os ucranianos e os madeirenses seus FDP?! Não parece instruções do Pingo Doce, da BP ou dos dois. Não está na página oficial do cartão de desconto. Se esse cartão quer ser credível e isento, metam a gasolineira na ordem, que seja banida, porque de certeza que o cartão leva muitos clientes lá! O barril de Brent que compraram agora, é para vender em maio! Todos os abusos que vimos até aqui é de barris a preço antigo e são da reserva nacional que dura dois meses, estes senhores pela leitura de hoje, anteciparam a carestia e nunca têm um gesto como muitos empresários com seus clientes. É mesmo obrigar a deitar mais combustível para maximizar o lucro.
Mal empregado não chover mais para cair o papelinho da caca...
Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 19 de Março de 2022
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