V erdade ou Consequência é um jogo em que num grupo de participantes faz girar uma garrafa até que a garrafa pare apontando para um dos participantes. O jogador que ficou com o fundo da garrafa faz então uma pergunta para o que ficou com o lado do gargalo ao que ele deve responder “verdade” ou “consequência”. Se o jogador recusar responder a verdade e optar pela “consequência” então deverá executar uma tarefa ordenada por quem fez a pergunta.
A “Verdade” é sempre a nossa. Ainda no outro dia, um digníssimo jornalista escrevia que se não fosse o Diário ninguém teria assunto para escrever o que quer que fosse. Presunção e Agua benta, cada qual toma a que quer. O jornalista esqueceu-se de referir que se não fossem os Assessores de Imprensa que são pagos para propagandear o lado bom do Governo Regional e as inúmeras Agencias Noticiosas, os jornais regionais também não teriam nada para escrever.
A “Verdade” é que se não fosse a internet, a TV, as maléficas redes sociais e as Agências Noticiosas, o Diário ou o JM nunca publicariam um só parágrafo sobre os factos que ocorrem presentemente na Ucrânia. Quantas notícias publicadas na imprensa regional são oriundas de uma investigação jornalística séria?
A informação existe porque é partilhada e o direito de opinar sobre determinado assunto está redigido na Constituição Portuguesa e é um dos pilares da democracia. Há gente que começa a ficar mal habituada. Criticar é fácil mas ser criticado dói!
Por falar em “Consequência”, não é que um velho militante do PSD, que passou pela JSD nos tempos de Miguel Albuquerque insurgiu-se recentemente contra aqueles que escrevem as suas opiniões por não tomarem partido de nenhum dos lados, considerando-os até mais perigosos do que uma ditadura de 40 anos. Escusado será dizer que o digníssimo energúmeno depois do PSD passou pela JPP, está agora no PS, e só Deus sabe se, na sua busca efémera por um tacho, não acabará nas hostes do CHEGA.
Habituámo-nos mal a pensar que a crítica é política, que aqueles que opinam sobre factos e não sobre pessoas ou fações políticas se limitam politicamente, ainda não se aperceberam que as criticas vão para quem se põem a jeito!
Uma nota final de regozijo para o artigo de opinião de Miguel Palma Costa “Ruído Político” (link), em que o autor faz uma análise isenta e coerente da realidade política. Muito bom! O jornalismo madeirense precisa urgentemente de mais gente que escreva livremente.
Escusado será dizer que “Verdade ou Consequência”, se jogada por adultos, acaba sempre em sexo.
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