Tecnopólo: contribuinte paga 12 milhões por "boa" gestão

 

Ai foi a Covid, coisa engraçada, vamos falar um bocadinho
sobre a casa de horrores

N o dia em que se anuncia que a Expo Madeira regressa ao Estádio do Marítimo, o Madeira Tecnopólo recebe uma injeção de 12 milhões para saldar dívidas, não conseguiu pagar amortizações por causa da Covid. Stand-up comedy! Nunca faturaram!

Depois de um início fulgurante, deixou-se de ouvir durante anos e anos, agora é um espaço de socorro de CTT, Covid, etc. O propósito do seu nascimento foi desvirtuado pelo tachismo, pela exploração e interesses de políticos, empresários da hotelaria a mover influências, etc, contudo... organismo do Governo nunca vai à falência. É interessante o desfile de gente cotada que passou no Tecnopólo para produzir uma obra inviável que, nalgum tempo, "cagava de saco" que aí vinham os árabes investir milhões, daquelas coisas que se dizem em campanha eleitoral e os jornais publicam. Um ADN Tweet. O momento em que se entrega um pavilhão de exposições aos Correios, empresa privada, mostra a leveza com que se assassina qualquer intenção de revitalizar as instalações para exposições.

Dizia Miguel Albuquerque, há poucos dias, que a Madeira é claramente uma região que aproveita muito bem os fundos comunitários e por aí nos ficamos mas, nunca ninguém diz a quantidade de elefantes brancos e inutilidades que se construíram. A ânsia de construir e faturar esquece que é preciso manutenção e utilidade.

Muitos episódios aconteceram no Madeira Tecnopólo. Por exemplo, Jorge Carvalho e os técnicos-especialistas ou a promoção de sucedâneos do que já existia para sacar dinheiro aos fundos da Europa para ciência, formação e investigação. A Madeira, porque sabe aproveitar muito bem os subsídios europeus, não tinha qualquer intenção para a ciência mas sim pagar a falência do Madeira Tecnopólo. Não me admirava que estes 12 milhões fossem o azar de carregar na incompetência...

O Governo Regional de Jardim, foi incapaz de perceber que o tachismo não era para ali chamado e ainda o custo e a manutenção do que construiu. Quando só as feiras tinham dado passos importantes, o governo virou-se para o imobiliário, ou seja, construir edifícios no vale (mais um Valley mas este foi o primeiro) para vender ou arrendar espaços para serviços. A Madeira tem sempre mais jogo para levar à construção do que para explorar, depois tudo morreu, desapareceram os edifícios futuristas e um teleférico ao estilo Expo 98. Ainda vai acabar num Savoy Residence xpto.

O espaço foi vendo os anos a passar, a mata a crescer, o edifício a se degradar, os espaços com paredes que parecem de bairro onde a polícia não entra. Após longa agonia, com a ACIF deu-se a estocada final nos eventos, mudando-se para os vãos de escada do campo que dizem ser do Marítimo, os pavilhões só se enchiam à borla para o PSD montar, sem custos, as suas Festas de Natal. O elefante branco de Jardim e Cunha dava registos de fim de ciclo e produzia dívidas. É um ADN com Tweet.

Há dias o braço direito de Jaime Ramos, um tal João Carlos Gomes brilhava na TV nacional com a falta de mão de obra na construção da Madeira, pujante, tem piada como se esconderam da responsabilidade e da comunicação social quando Associação de Indústria e Construção da Madeira (ASSICOM), presidida pelo ex-deputado Jaime Ramos, alugou os espaços do Madeira Tecnopólo entre 2004 e 2010, realizou diversas feiras e criou com uma divida de 488 mil de Euros (ao arrendar pavilhão, serviços vários, água, luz, etc). O processo foi para as instâncias judiciais em 2016, o Tribunal decidiu que a ASSICOM teria de pagar a dívida. Isso foi pago? Claro que não!


Grande surpresa! A empresa pública Madeira Tecnopólo, SA deixou passar o prazo de dois anos para cobrar, o que levou depois o Tribunal da Relação a decidir que o prazo prescreveu! Paga povo 12 milhões mas a ASSICOM livrou-se de pagar ao Madeira Tecnopólo cerca de meio milhão de euros, naturalmente com vantagens para alguém. Só faltava se lembrar agora do que caducou na Segurança Social, o madeirense é bem tonto! Nesse caso da caducidade da dívida, o secretário regional de Educação Jorge Carvalho e sua equipa, mais uma vez não tiveram responsabilidades politicas e criminais quando agiram com este nível de negligência, sem esquecer como perseguiu a administração do Madeira Tecnopólo até acontecer a demissão dos seus elementos.

Há muito para contar mas finalizo com a maior piada do Tecnopólo, foi ler em tempos o Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas (PPRCIC) no seu site, "coisa" que adotaram e divulgaram como documento estruturante, a Carta Ética da Administração Pública e que reforçaram medidas de controlo interno. Foi irónico e culmina agora com 12 milhões de paga madeirense.

Termino a solicitar a colocação do vídeo da senhora eleita deputada imune, outra façanha com sede no Madeira Tecnpólo. Que historial!!! A jornalista já se deu mal mas os elementos das notícias seguem na senda do sucesso.


Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2022
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