Os submissos


O deputado cor de abóbora que debita mais decibéis do Parlamento Regional confessou recentemente não ser submisso e desabafou que “Talvez fosse melhor o silêncio submisso, a delicadeza inconsequente, a diplomacia estéril cujo único resultado é garantir que o mais forte continuará a dominar o mais fraco”. Estarei a sonhar? Mas não foi isso mesmo que o PSD fez aos madeirenses durante mais de 40 anos?

Ninguém percebeu o que o ilustre deputado quis dizer, mas parece profundo e não ter muito a ver com sexo. Já estamos a imaginar António Costa vestido de cabedal com um chicote na mão a encher de prazer os rapazinhos do PSD-Madeira. Ainda não perceberam que António Costa não vai muito com histerias?

Mas este fetiche não é recente, já em dezembro passado o Secretário-Geral do PSD-Madeira escreveu num dos seus belíssimos artigos no Diário que “Nós social-democratas, não somos submissos” na continuidade do que Miguel Albuquerque já tinha adiantado sobre a submissão doentia dos madeirenses na campanha para as eleições legislativas. Com tanta tara pela submissão, o PSD-Madeira corre o risco de se tornar um partido masoquista num ambiente de sádicos portugueses que, parece, que só querem o sofrimento da Madeira. 

Claro que, aqueles que têm pelo menos dois neurónios no cérebro, perceberam que quem anda com o chicote masoquista é a elite do PSD-Madeira que acha que com a vitimização constante irá conseguir mais dinheiro para entregar aos mesmos de sempre. A bem da verdade, quantos dos 253 mil madeirenses ganhou alguma coisa com tanta gritaria? Dois? Três?

Façam uma conta! Dividam os milhões do PRR e vejam quanto dá a cada madeirense! Afinal os masoquistas não serão afinal os de cá que continuam a pagar o ordenado mínimo aos madeirenses em troca dos milhões que chegam de Lisboa?

O mais estranho é que em 2017, Miguel Albuquerque no pleno da sua ascensão ao poder, defendia o diálogo franco e ameno com Lisboa para a defesa dos interesses da Madeira. O curioso é que, no mesmo diálogo de pacificação, Miguel Albuquerque defendia também que era um erro ostracizar a imprensa como Jardim fazia. Nada mais certo. Com tanto diálogo de paz e amor, a imprensa acabou por ser comprada, amenizada e agora é mais um submisso numa orgia de sádicos que é a política regional. A verdade é que a única submissão dos madeirenses que existe não é a Lisboa mas sim é à sodomia sádica deste PSD. 

Termino com uma questão importante para elevar o debate público, agora que o DN-M e Jardim estão submissos e alinhados pelos mesmos objetivos, não se entende o porquê do desperdiço deste quadro tão apreciado pelo "Duas Reformas", muitos gostariam de ver o alcance intelectual do que "debita mais decibéis", será que exige escrever tudo em maiúsculas? Ahhh submisso.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2022
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