H á gente que disfarça que se vendeu, encena diferente mas poucos dão conta porque caíram em descrédito e desconsideração. Há os que desaparecem mas todos têm presente, há traições imperdoáveis em momentos de ter "tomates" e, como já vimos, há mais mulheres com eles do que homens. O silêncio ou indiferença a cada exibição convence-os de que estão bem. Seguem festa como artistas cabeça de cartaz e não percebem que é uma condescendência que aguarda melhor momento para colocar fora de cena.
Orgulhosos, firmes e hirtos mas não pertencem à casta, são corpos estranhos, cristãos novos, não há confiança e muito menos currículo, esse faz-se e não é instantâneo. E, tal como o poder que por vezes sente necessidade da impetuosidade das doses cavalares, para ter a certeza de que foi ouvido ou ganhar segurança de que mais não pode fazer, existem criaturas que carregam na dose para que ninguém tenha dúvidas sobre o lado em que estão. Mais não fazem do que se sepultar dos dois lados. Quando a agenda e os timings findarem, os parceiros mudam, as coligações trocam-se, novas caras e novos objetivos imolarão alguns para eternizar o sistema de sempre.
A vaidade é fácil de se ludibriar, o orgulho e a importância prosseguem.
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