Jornalistas do JM e DN promovem abstenção com segundas intenções

 

Os votos elegem deputados mas também, todos eles,
contam nas Legislativas para uma subvenção anual (link)
que assegura o funcionamento dos partidos e a sua independência.
É com estas verbas que os partidos deveriam
dispensar de ser financiados por grupo económicos
na Madeira, os que têm a intenção de comprar a democracia
e decidir a bel prazer no Governo ou chumbar na ALR.
E que possuem jornais.

Provocar abstenção serve para os tachistas e
senhores pendurados no Orçamento Regional
ganharem mais facilmente. Eles sim vão votar.
E nunca qualquer voto é demais, até pagam
passagens aéreas para virem votar neles.
Como nas Autárquicas!

N uma altura em que a nossa democracia enfrenta desafios, sou obrigado a interpretar que temos jornalistas, com segundas intenções, a prestar serviços políticos a partidos ou que pretendem atingir objetivos sectários e de monopólio nesta região para os seus patrões. Se não for isto, com estas apologias, não estão capazes de ser jornalistas.

Os dois principais jornais desta região, se não se demarcarem destas posições dos seus jornalistas serão coniventes no apelo sorrateiro à desmobilização de votantes e naturalmente de votos. É fácil de perceber que se todos os tachistas, interessados do regime, esquemas e monopólios forem votar e os lesados não, esta orgia da Madeira Nova vai prosseguir cada vez mais robusta. E isto não é futuro para toda a Madeira e todos os madeirenses, sobretudo com a escalada de empobrecimento a que assistimos, com a guerra contra subsídios sociais e o esclavagismo moderno.

Menosprezar os votos de madeirenses é um desrespeito pela sua liberdade de escolha, é menosprezar minorias (já precisaram de um CDS com um péssimo resultado eleitoral). Em última linha, é fomentar o pensamento único através da ideia de que só é legítimo votar em A, B ou C. São os primeiros passos a caminho de, mais tarde, chegar ao único partido, a "ditadura"! Agora é ver quem sai beneficiado com esta estratégia baixa e vil de enfraquecer um dos pilares da democracia. Assim se vislumbra o futuro ditador, com a capa de democrata, um lobo com pele de bezerro de ouro.

Depois de tantas eleições na nossa democracia e da luta para reduzir a abstenção, quando um partido xenófobo de extrema direita cresce, praticam esta insensibilidade mas sobretudo este egoísmo pindérico da pança de meia dúzia. Eu imagino que só os votos no poder nunca serão demais e é positivo que sobeje. "Que não fique ninguém em casa", de listas a abusar da Proteção de Dados para assediar pessoas a votar no partido do poder, a oferecer frangos, se os votos são tão dispensáveis porquê estas atitudes de açambarcar o máximo de votos e não importa que sobeje? Porque não o laxismo de não valer a pena nestas circunstâncias?

Pergunto onde anda a CNE para cair em cima desta gente, que sendo jornalistas com um código deontológico praticam este tipo de raciocínios. E o sindicato dos jornalistas para que serve? A carteira de jornalista é mero documento? São novos bajuladores que instrumentalizam o seu poder para subir na vida? E os líderes e dirigentes partidários que escrevem nesses jornais? Não vêem a traição e o abuso que vos fazem? Agora a mensagem é não vá votar porque não vale a pena? Quando for uma eleição com esses dois jornalistas eles não fazem campanha por causa dos sobejos? Onde andam os Diretores destes jornais a tomar posição? 

Todo o cidadão tem o direito de optar pela linha de pensamento que quiser, nem que isso represente meia dúzia de pessoas.

Pela segunda vez em pouco tempo, os jornais de Avelino Farinha e Luís Miguel Sousa promovem a abstenção como forma de nivelar a contenda de perda de votos no poder. Se houver abstencionistas na oposição e os fieis tachistas, dependentes e promessas continuarem a votar, a vitória é certa! É esta a razão do raciocínio de não valer a pena ir votar nalguns partidos! O PSD que sustenta com o orçamento regional as suas empresas tem que ganhar, mas os votos de eleição para eleição vão decaindo e precisando de novas coligações... dos votos dos sobejos desde que de direita. Primeiro no Diário de Notícias com Jorge Freitas Sousa (link) e hoje no JM por David Spranger faz-se a apologia de que é inútil ir votar desde que não seja no sistema para eleger mais deputados para a "ditadura", como se a lógica das contas só servissem para isso.

Votar é um dever cívico! Votar é um exercício de cidadania. O voto é direto, secreto, universal e ninguém tem nada com isso como direito individual de escolha! Foi através de muito combate político, perseguições e prisões que se conseguiu o direito ao voto. E agora a novel era de jornalistas sabujos da Madeira prestam-se a estes raciocínios? Os analfabetos, as mulheres e os mais pobres não podiam votar. Agora votam! E VOTAM EM QUEM QUISEREM! A primeira mulher portuguesa a votar chamava-se Beatriz Ângelo. Como viúva, considerava-se "chefe de família". Num primeiro momento foi-lhe negado o direito ao voto mas recorreu ao Tribunal e ganhou esse direito. O direito de votar não foi fácil de alcançar, e por vezes desperdiçamos este direito tão arduamente adquirido. E agora temos desta categoria de jornalistas a trabalhar para regimes e monopólios? 

Deixem-se de envergonhar o jornalismo!!!
As cassetes estão a repetir para vos "lavar" a cabeça!

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2022
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