A obra das dívidas e dos juros

 

O s funchalenses ainda não tinha saído da crise económico-pandémica e já votavam para castigar orçamentos de rigor sem obras de encher o olho. Pagar dá nisso, até que um dia haja Justiça para abusadores. São muitos anos de vício, a ver obra física como sinónimo de bom governo e não valorizar a obra da evolução socioeconómica, do justo vencimento e dos serviços públicos.

Mas isto de abusar da sorte é como na pandemia, o vírus não quer saber, se não te cuidas "apanhas". Então, do que sabemos e por agora, temos os 111 milhões do maior orçamento de sempre na CMF, mais um empréstimo de 3 milhões de uma obra já financiada e agora mais 13 milhões de reforço orçamental. Que alegria ver deputados municipais silenciados. Ainda aqui vamos nas engenharias.

Querem ver que funcionários e munícipes vão ter saudades do "sonso". Vem a caminho o aumento das taxas de juro, é um veneno para a dívida pública da Madeira e para as dívidas das empresas (que muito se endividaram na pandemia) e das famílias. A autarquia não fica atrás, veremos o pulso da senhora. O apuramento de riscos que constava do Orçamento de Estado para 2022 que foi chumbado, o Governo da República estimou que uma subida de um ponto percentual dos juros, custaria 184 milhões nas contas públicas e 344 milhões de euros em contas nacionais... um ponto percentual. Agora comece a multiplicar para a República, Madeira e Município. Esta coisa de orçamento à mercê de vampiros acaba sempre nalguns cada vez mais ricos a se pavonear e munícipes a empobrecer. Mas eles concordam, acham que não pagam e só usufruem das obras.

Meus amigos, a Madeira está atolada em dívidas, nada está pago e temos sucedâneos de Jardim com a sua maldita mania das obras públicas para colocar a Madeira em marcha, mas você nunca sai do mesmo o lugar, se é que não está pior! Pense nisto...

Se perto de 50% das receitas da Região servem para pagar o serviço da dívida e o abate do capital, se 50% do Orçamento da Região é para Obras. Se a Bazuca foi aprisionada pelo GR para seu uso integral e só sabe encaminhar para os mesmos e normalmente metem obras. Se a Câmara do Funchal volta ao endividamento megalómano para obras, que se fazem para desmanchar ou contrair dívida sem necessidade como na ETAR, diga-me munícipe, madeirense, o que acha que lhe vai cair em cima? Vai haver tantas culpas de Costa nesta gestão Autonómica.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2022
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