Uma encomenda eleitoral

 

Boa tarde CM

S aiu no Diário da República a proibição da discriminação nas vendas online para os Açores e a Madeira, a partir de 11 de março, para todas as empresas com sede nacional. Percebo que o Governo só pode legislar para o território nacional mas creio que, para a maioria dos clientes online, isto soa a uma montanha a parir um rato. Porque compramos mais no exterior o que não encontramos por perto. As encomendas internacionais receberam duas "cacetadas", a idoneidade dos nossos Correios e a aplicação de taxas.

Esta legislação é um passo, mas um salto seria aproveitar a Campanha Eleitoral para colocar a debate a renacionalização dos CTT - Correios de Portugal. Este é que é o verdadeiro problema que está do nosso lado! É talvez a pior privatização ocorrida em Portugal e com ela chegou a queda abrupta da qualidade de serviços, extravios, casos de crime, pagamos serviços e não cumprem os prazos, evitam os serviços de tracking com ativação tardia e falsas tentativas de entrega, etc.

Um dos casos mais recentes envolve a Amazon e um cliente que não só não recebeu o que comprou, como a encomenda foi dada como entregue e até está assinada por alguém. Quando isso acontece torna-se ainda mais complicado resolver o problema! (link)

Sem leis mas com bons serviços de Correio ficaríamos em pé de igualdade com os outros. Não se compreende como se tenha passado tanto tempo e ainda ninguém encarou este caso como sério. Os CTT também são a cara do país, tal como a TAP. Neste momento, por eles, Portugal é um país de terceiro mundo e de ladrões.

Entretanto, a campanha arrasta-se, não se debate o que importa. As eleições legislativas nacionais vemos que são pouco populares na Madeira, não é um poder direto e interesseiro pela classe política regional, não lhes dá orçamento disponível. Começo a ficar farto da campanha eleitoral, resume-se a PSD a arrematar tudo com culpas a Lisboa, um discurso medíocre, e o PS que vai dizendo onde é que a República coloca dinheiro na Madeira e que o Governo Regional esconde. O discurso é quase sempre estratosférico, garantidamente gente de vida comum produziria muito melhor debate com incidência no bem estar da população.

Ainda quanto à nova legislação nacional, a fiscalização do cumprimento das normas hoje publicadas compete à ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e às autoridades regionais com competência no âmbito da fiscalização económica. Vão montar instalações dentro dos CTT?

Para terminar é importante o seguinte:

A lei foi promulgada em 24 de dezembro pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois de aprovado em 19 de novembro o texto final da proposta da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, com os votos a favor de PS, PSD, BE, CDS-PP, PAN e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues, a abstenção de PCP e PEV e o voto contra da Iniciativa Liberal.

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2022
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