Um mau exemplo de liberdade e democracia


U m mau exemplo de democracia foi dado pela Camara Municipal do Funchal ao devolver os números do Tribuna da Madeira! Será porque a primeira página não tinha a foto do atual presidente do edil do Funchal a oferecer frangos?

Não sei quem tomou a decisão de devolver o Tribuna, mas a imagem do atual presidente da Câmara do Funchal sai abalada nesta triste história porque falam na "Presidência" (link). Cada vez mais a atitude do atual presidente aproxima-se perigosamente de Jardim, o seu mentor. Decididamente, Pedro Calado revela-se publicamente o que sempre foi, isto é, alguém que não suporta ser contrariado na sua estratégia de poder.

Se este pormenor passou despercebido à maioria dos democratas madeirenses, não deveria ser ignorado pela oposição e pior mesmo, pelos jornalistas e pelo seu Sindicato que optaram por um silêncio ensurdecedor. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades? Os outros eram falsamente maus e calaram, estes são maus e voltam a calar.

A memória de alguns é curta e ingrata e, não é preciso recuar muito tempo para nos lembrarmos do ano em que Jardim proibiu a assinatura do Diário nas entidades públicas regionais, com o claro objetivo de causar danos na empresa que o suportava. 

Se o Tribuna da Madeira continua com a linha editorial a que nos habituou, corre o risco de ser adquirido por um grupo económico do regime... em nome do pluralismo da informação na Região Autónoma da Madeira. 

Nos dias de hoje é relativamente fácil onerar custos de bens e serviços pagos pelo Governo Regional para financiar a imprensa pela porta do cavalo. Imagine-se só, se o PSD era alegadamente financiado por 10% das obras públicas, a imprensa poderá ser facilmente financiada por publicidade encapotada paga pelo dinheiro dos nossos impostos. 

A continuar assim, um dia destes, a exemplo da Coreia do Norte e de Cuba, os jornais serão distribuídos gratuitamente como panfletos publicitários do Partido do poder porque no fim de contas já estão pagos.

Depois do Tribuna, o melhor mesmo é bloquear a internet nos serviços públicos para que o funcionário público não tenha acesso às verdades corrosivas do Correio da Madeira.

E ainda aqui vamos.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 15 de Janeiro de 2022
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