Os Neo-intelectuais


N eo significa novo, ou seja, algo que não era mas que agora é. Lá de vez em quando - quando tenho pachorra - leio algumas crónicas na imprensa que se publica nesta terra de enfezados mas nenhuma me surpreende, é sempre mais do mesmo. Não sou um leitor assíduo de tudo o que se escreve, considero que a vida é demasiado curta para se ler toda a porcaria que sai na imprensa mas, alguns autores, merecem a minha atenção.

Leio com atenção o neo “Boa Noite” do ainda Diretor do Diário, as “Crónicas de Nárnia” do Nuno Morna (essencialmente por ser um liberal que ganha uma pipa de massa numa Empresa Pública), a Fátima Ascensão por ser coerente com aquilo que defende, a Marta Caíres por me fazer lembrar os tempos da minha infância e o Pedro Nunes pela saudável dose de loucura.

Em termos políticos leio os artigos de Alberto João Jardim por ser um cómico que me faz rir com os seus adjetivos em maiúsculas e tenho saudades do humor pérfido de António Fontes e das verdades incongruentes de Gil Canha.

Tirando este número reduzido de neo-intelectuais confesso que - pela falta de tempo - todas as outras crónicas e artigos me passam ao lado. Mea culpa!

Depois existem todos os outros neo-intelectuais que preferem as redes sociais para escrever os seus pensamentos mais introvertidos, plenamente convencidos de que se vão tornar virais e ser lidos por milhares de pessoas quando, na verdade, nunca vão sair do seu círculo de amigos do Facebook e do Twitter.

Resumindo, nem tudo é de louvar nos neo-intelectuais porque a maioria é egocêntrica e não lida bem com as críticas, por isso estou plenamente convicto de que muitos dos que escrevem fazem-no para promover o seu ego inflacionado e não as ideias em que acreditam. 

No outro lado da inteligência, tenho saudades dos “Relatórios de Atividade” de Miguel Albuquerque, dos artigos antissocialistas ininteligíveis de Medeiros Gaspar, o Rui Coelho (maquinista do PSD) que teima em escrever à volta do mesmo com palavras diferentes e dos apelos à união do Partido de José Prada. Nunca percebi porquê, mas se o Partido é unido porque apelar constantemente à união?

Nisto tudo, todos têm em comum o facto de assinarem os artigos com o seu nome porque no anonimato ninguém vai saber quem eles são e não ganham dividendos com isso. 

Sinceramente - e para terminar - mesmo com todos os defeitos, prefiro os neo-intelectuais aos neo tolos.

Um bom domingo a todos.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 16 de Janeiro de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira