Olhando para o panorama eleitoral e ambiente

 

E nquanto investimento privado e neste caso bem escudado de apoios púbicos diretos ou indiretos, os jornais diários da região mostram-se desinteressantes nos artigos de opinião que vão apresentando. Por norma são pessoas a falar em causa própria ou com segundas intenções, não levam um critério límpido de comentador. O desinteresse pela República é notório e a incapacidade de identificar o papel da Região no todo nacional é toldado pela narrativa política. Ninguém fala da contribuição da Madeira na construção do país, numa estratégia integrada, só falam em benesses de lá para cá.

Se a par disto tivermos em conta as notícias dos jornais diários,  tais como a informação que agrada aos proprietários, as exigências do Governo Regional através dos seus assessores, empresa de comunicação e ainda o espaço comunicacional próprio dos governantes, representantes dos povo/ oposição, os fait-divers e cobertura social, concluímos que falta a parte do contraditório. Onde deveria estar a contribuição da Madeira no projeto do país.

Com o decorrer da campanha eleitoral local para a Assembleia da República, também dá dó que os dois principais partidos, em vez de apresentarem ideias diferentes, aceitem uma concordância tácita, pacto de não agressão e salvaguarda dos interesses pessoais.

Os jornais diários da Região são hoje em dia a garantia do ambiente que importa e as pessoas homologadas. Com o andar da carruagem, os dois investimentos serão similares e perder-se-á a noção de notícia, por autocensura e medição do estado de graça.

A condenação intelectual não terminou, ao vermos a única TV regional e ainda os pacotes básicos com TVs de qualidade duvidosa das redes de cabo, concluímos que estamos a criar um povo domesticado e incapaz de gerar critica.

Podemos ter a geração mais bem formada mas também temos o ambiente mais acéfalo de sempre. Para a inovação, o clima de competição e desejo de novas apostas e experiências deve estar presente. Não vejo nada disso, simplesmente cada um a trabalhar para os seus interesses. Podem ter a garantia de que não é com estas capelinhas que avançamos. Todos são empregados de algo...

Por tudo isto, irei votar diferente a 30 de janeiro daquilo a que estou habituado. Para eleger uma lufada de ar fresco que está perto disso... se somarmos os resultados nas Autárquicas. Cada eleição é uma eleição. Sem dúvida, mas veremos. Pelo menos alguém que não defraudou nas suas funções até hoje. Não votarei no tremendo trem de cozinha.

Lembrem-se de que votam para escolher os deputados daqui para a Assembleia da República e não diretamente para primeiro ministro. Essas contas fazem-se no fim.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2022
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