O SESARAM e o caso do emigrante falecido


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A ntes de apurar factos, de forma credível e não verbalmente, o SESARAM colocou-se já ao lado do médico no caso do falecido emigrante madeirense da África do Sul (link). Significa que abandona a posição de mediador imparcial que, através de um inquérito, pretende apurar de ambas as partes as razões e as responsabilidades, para se colocar desde já contra os familiares do falecido. Nada mais errado, já temos plano inclinado. Quem se deve solidarizar com o médico é a sua Ordem, colocando os seus serviços para que o médico tenha defesa e julgamento justo mas sempre a avaliar o "inscrito".

O SESARAM parece que se agarra ao médico como forma de obter argumentos para se defender. Independentemente da situação que se revele, é um mau princípio de gestão hospitalar, porque se de hoje para amanhã os tribunais se decidirem em favor dos familiares do falecido, em vez do SESARAM ter um médico culpado tem o SESARAM culpado e, assim, a solidariedade deve ser extensiva ao cobrimento das despesas que daí advém por danos. O SESARAM está a dizer que os seus profissionais podem falhar que dará cobertura. Assim nunca teremos melhores serviços de Saúde, o SESARAM esquece algo fundamental, descrito pelo próprio:

(...) é uma unidade integrada de prestação de cuidados de saúde, com sede no Funchal. Visa alcançar uma elevada promoção e proteção da saúde das pessoas e populações bem como desenvolver atividades na área da investigação e formação, tanto nos seus serviços como em unidades específicas.

O seu objeto social é a satisfação das pessoas e sua globalidade, as populações. Se os seus serviços estão sob o fogo de acusações ou falham há que corrigir. O mérito e a justiça são os únicos valores indiscutíveis numa contenda e, para lá chegar, é preciso imparcialidade. Aqui está o que a privada faz e vence o SESARAM, a satisfação do paciente.

Não se sabe se o SESARAM defendeu o médico ou o polivalente entre os Marmeleiros, o Nélio Mendonça e a Misericórdia de Machico. O SESARAM dá mostras que conhece a bagunça que vai no Serviço Regional de Saúde e tem culpa por permitir. Afinal, o SESARAM é conivente e neste momento, para não se descobrir mais, coloca-se ao lado do médico.

Se a gestão do SESARAM fosse uma oficina de Automóveis, um seu mecânico esquecia-se de apertar os parafusos dos pneus, o cliente despistava-se, ficava encarcerado, com mazelas para a vida e, ainda antes de saber o que sucedeu, solidarizava-se com mecânico. De estabilizar até à morte vai um bocado...

A polaridade dos valores na Madeira andam invertidos há muito e começam a suceder situações de bradar aos céus. Num país comunista, tão alérgico de reconhecer erros tal como o Governo da Madeira, decidiu-se assim:

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Para culminar tudo isto, ainda mais acima na hierarquia, Miguel Albuquerque que deveria estar a avaliar o SESARAM, cobre o médico, os serviços e a gestão sem factos apurados de forma imparcial. Isto é que foi um inquérito Ad Hoc ultra-rápido sobre uma morte... após vários meses num hospital da Região:


Só falta o advogado e os tribunais da Região... até ao dia que aconteça com eles mesmos. A insensibilidade foi gritante, nenhuma palavra para família do falecido. O SESARAM existe para quem? Médicos?! Ou existe porque há doentes?

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2022
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