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P oderia resumir o meu texto com uma frase: notícia é tudo aquilo que omitem ou escondem na região. Poderia concluir com outra frase: a continuar assim, será um site como o CM a começar a dar as notícias. O prognóstico, cada um terá na comunicação social uma profissão faz de conta, por onde recebe o vencimento, depois, se quiser fazer jornalismo atuará à revelia. Tudo isto é muito caricato mas é o resultado da tentativa de controlar a informação na Madeira. Se era insustentável fazer jornalismo numa região como a Madeira, com um governo autoritário e persecutório, agora ainda mais, apesar da garantia de alimentar a parte financeira dos órgãos de informação neste vexame.
A situação é transversal mas pegarei nos últimos exemplos. É notícia a transferência da descarga de animais, perecíveis e gás para um porto de recreio chamado Porto do Funchal por incapacidade dos navios de carga entrarem no porto comercial do Caniçal. E porque não podem entrar?
É expediente os números de teatro feitos por Rui Barreto e Paula Cabaço sobre os trabalhos portuários. Em dois dias, tornaram o expediente como algo único e de sucesso, meus senhores, o que fizeram na Pontinha é exatamente igual ao que fazem no Caniçal. Mesmo quando o Grupo Sousa açambarca empilhadoras e gruas...
É notícia fazer um navio de cruzeiros ir embora da sua escala à última hora, mais uma machadada, zelo na imagem de incompetência e incapacidade de gestão da APRAM. É notícia, facto, que estamos pessimamente mal nos portos com mau tempo mas ninguém explora. Ninguém foi capaz de explorar o facto da Pontinha ser extensa e dar para cargueiros e navio de cruzeiro mas que a APRAM demonstrou não ser um porto seguro. Era o momento de fazer notícia e desmontar as mentiras, nuances e propaganda que fazem. Na hora da verdade falharam, vergaram à propaganda e não fizeram notícia.
É notícia que numa aflição com dois cais, dá-se preferência ao monopólio e a carga, em vez de se gerir para todos. Com toda a extensão do Porto do Funchal, só podiam encostar no Cais 6 (Norte) e no espaço junto ao Molhe, onde estão os jornalistas para provar o descalabro que foi a construção do Cais 8? Já se sabe? Não, os políticos continuam a inventar, até hoje só reconheceram o desastre da Marina do Lugar de Baixo porque não existe.
A gestão feita foi em função do magnata pato bravo que compra tudo na Madeira, um grande navio de cruzeiros de 5.206 passageiros, não se sabe quantos iam a bordo, deixou de fazer escala no Funchal (Dia 19 das 7:00 às 16:30) e de derramar dinheiro pela economia conexa e pela APRAM, que poderia estar a par dos navios de carga com uma correta gestão. Salvaram unicamente a situação dos porta-contentores. Isto faz-me lembrar a escola Horácio Bento que passou professores da tarde para a manhã para o filho de Albuquerque ter aulas e os outros que tinham professor ficaram com o ónus, são os pata rapadas (link). Será que o agenciamento vai informar a companhia do Iona as reais razões do cancelamento da sua escala? Ai ele é que foi embora (link), veio aqui para desistir à última hora, não foi incompetência e falta de resposta. Isto aconteceria nas Canárias? Mas nós aqui somos os maiores, a fazer asneiras com a cobertura da comunicação social do homem dos portos e das obras.
Notícia é que numa aflição daquelas, ter 1 piloto disponível em 5, a Covid também aqui em larga escala? Só acertamos com os números avassaladores da Covid pela confusão das ambulâncias nas urgências do hospital? Então isto não é notícia? Acham que o senhor secretário e a presidente da APRAM, ineptos loucos para brilhar, são portadores de notícia?
Por último, uma referência à estupidez que muitos madeirenses exibiram contra o PAN (link), sem perceber que vivem na ignorância de como se transporta gado de forma civilizada na atualidade. É a tal coisa, só vêem porta-contentores, não há notícias, não lêem e dão um espetáculo medíocre de ignorância. Mas há a hipótese de muitos perfis serem falsos a debitar o fel da máquina de propaganda.
Façam como o povo, se não podem dar notícias metam no CM!
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