Imunização de Rebanho

 

Quackvid, a variante de Madeira nomeada pelo abecedário Renovadinho com a letra "Quack".

O Governo Regional pretende submeter os madeirenses à imunização de rebanho porque, no fundo, considera-os gado! Deixar progredir a expansão do Covid significa que o sistema de saúde estará ainda mais dedicado aos doentes infetados por este vírus. Em consequência, todos serviços (cardiologia, oncologia, neurologia, urologia, etc.) estarão condicionados, e os respetivos doentes irão juntar-se a outros milhares que esperam e desesperam por uma consulta, por um exame ou por um ato cirúrgico, desde o final de 2020! Em último caso, se o número de internamentos for muito elevado, os serviços de saúde da região, já de si debilitados, poderão entrar em colapso!

Atualmente, circula maioritariamente a variante Ómicron, que causa doença ligeira, mas a variante Delta, responsável por infeções mais graves entre pessoas de todas as idades, incluindo jovens, também está presente na população. Ou seja, apesar da variante Ómicron ser a mais comum qualquer um de nós pode ser infetado pela variante Delta! Pelo que é um risco expor-se ao contágio, uma vez que não sabemos qual é a variante que nos vai infetar. Infelizmente, as variantes ainda não podem ser escolhidas “à la carte”! E, mesmo supondo que numa infeção pela variante Ómicron tudo corra bem nas pessoas sem problemas de saúde, ela é fatal na maior parte dos idosos e das pessoas com doenças crónicas. Pelo que é uma irresponsabilidade deixar a doença progredir descontroladamente.

Se a maior parte da população da Madeira já está vacinada, mais precisamente 87%, logo imunizada, porque é que o Governo Regional pretende nova imunização, através da exposição direta ao vírus, arriscando um aumento do número de infetados com necessidade de internamento e consequentemente do número de mortos? Para além de sobrecarregar um serviço público de saúde que já não é capaz de responder às necessidades da população madeirense, vamos ter um acréscimo do número de mortos, sem qualquer vantagem no aumento da imunização dos madeirenses. Aliás, novas mutações conduzirão a novas reinfeções, independentemente do grau de imunidade! Pelo que não me parece ser uma decisão racional!

O vírus SARS-CoV-2 sofre mutações e evolui à medida que infeta as células do hospedeiro e se replica, ou seja, quanto maior o número de infeções maior a probabilidade de ocorrerem novas mutações. Sendo que, já temos 5 variantes: a Alfa, a Beta: a Gama, a Delta e mais recentemente a Ómicron. Portanto, certamente, vão ocorrer mais mutações que não se sabe se serão benignas ou pelo contrário bastante agressivas. Este “deixa andar”, vai induzir e acelerar novas mutações no SARS-CoV-2, cuja taxa de infecciosidade e mortalidade são desconhecidas.

Deixo um alerta a todos os madeirenses. Por favor, não se comportem como gado, pois correm o risco de “serem abatidos” pela Ómicron ou serem responsáveis pelo “abate” dos vossos entes queridos mais vulneráveis! Não descurem as medidas profiláticas como o uso de máscara, a desinfeção das mãos e o distanciamento físico que se mantêm eficazes no combate ao vírus SARS-CoV-2, independentemente do grau de imunidade de cada um.

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 3 de Janeiro de 2022
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