Eleições - Manipulação de Resultados - mass media e Informação


Link da Notícia Correcta no JM

P oderia escolher múltiplos títulos para divulgar uma realidade que envenena a democracia, mas que sobretudo mina a opção da livre escolha. Tornam o acto de votar um embuste, por auto-sugestão. A manipulação de resultados é muito utilizada por gestores que com discricionariedade ou arbitrariedade, para enviesar a perceção dos acionistas sobre o desempenho económico da empresa. Ao que parece, alguns jornalistas e diretores de empresas de comunicação fazem o mesmo, com a notícia e com a informação.

Trabalham na sintaxe, alteram os títulos de forma maquiavélica, pasme-se, mesmo em comunicados enviados por alguns partidos. A notícia é entregue pronta e, quando publicada, encontramos uma evidente e descarada manipulação, por forma a influenciar o leitor, fazê-lo tirar conclusões que servem objetivos de terceiros. Desvirtuam por completo a notícia e alteram, quase por completo, o seu conteúdo. Pior, sugerem uma mensagem completamente errada ao leitor, do que se pretende transmitir e informar.

Nestas eleições, para a Assembleia da República, os dois maiores jornais da RAM apresentam um trabalho completamente diferente, em termos de respeito pelo acto eleitoral, em consonância com os valores éticos e deontológicos da profissão, a de jornalista.

É fácil de depreender que numa notícia, cujo conteúdo é enviado pelo gabinete de comunicação de um partido aos vários meios de comunicação social, se pode constatar que a simples manipulação do título pode influenciar o pensamento e o julgamento de valor do leitor/eleitor.

O Jornal da Madeira publica na íntegra o comunicado, sem vestígios de manipulação, já o Diário de Notícias da Madeira, sorrateiramente, trabalha o título e coloca a ideia "mastigada" por uma pessoa na cabecinha do leitor. Essa função de tirar ilações ("mastigar") é do leitor/eleitor.

Por exemplo, que a Madeira precisa de “ajuda” da República para redesenhar o SRS/RAM (link), quando o que se pretende transmitir é a ideia de que tanto o SNS, como os Serviços Regionais de Saúde, precisam urgentemente de serem redesenhados. Numa notícia passamos por ajoelhados a Lisboa, noutra, o que se pretende é dizer os dois precisam de ser redesenhados. Nele, o papel que o poder local seria de vital importância, o novo formato envolveria os domicílios, as unidades de retaguarda na saúde, os cuidadores informais, etc. Dar aos municípios maiores poderes na área da saúde, com o consequente reforço orçamental. Também a RAM ganharia com esse apoio, por via dos municípios, mesmo sendo uma Região Autónoma, com serviços de saúde regionalizados. Deixemo-nos de controlar, maniatar e cercear as pernas do Poder Local, importa o POVO! Falamos também de que a proposta ajudaria na resolução das listas de espera, das altas problemáticas, contribuiria para a formação de quadros e a criação de emprego, etc.

De uma assentada e mudando apenas uma palavrinha, “ajuda”, o Diário de Notícias estragou e amassou a ideia central da proposta, envenenado a cabecinha do leitor, “ora pois estes também, querem ajudas da República”. O Sr. Director do DN deveria ter em atenção o que fazem os seus subordinados mas, ao que parece, até ele já cometeu uma gafe, citando de outro candidato coisas que não disse, no tal episódio, que até faltou a luz no estúdio do debate da RTP-1 (link).

Ficamos por aqui, mas a manipulação existe, lá isso existe, que é vergonhosa, lá isso é.

A prática da manipulação por interpretação seletiva da informação enviada, e depois publicada, é determinada pelas intenções e objetivos do órgão de gestão e seus “compromissos” com o poder político que lhes assegura alguma sobrevivência. Fica aqui assim bem noticiado que alguns de nós, candidatos, sabemos muito bem que isto é prática comum.

Não só com frangos congelados se manipula e se sugere ao eleitor em quem votar, os que preferem outro tipo de frango, nem congelado, nem sequer frango, porque são mais virados para o caviar.

J. Edgar M. Da Silva
(candidato Independente)


Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2022
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