A bronca na Saúde que pode ser aproveitada para mudar tudo!

 

E sta manhã tomamos conhecimento de que o emigrante madeirense da África do Sul, hospitalizado na Madeira e com a família insatisfeita com os serviços de Saúde da Região, faleceu ainda antes de rumar para o país do extremo sul do continente africano. A tripulação do avião privado teve que por lei descansar após a longa viagem da vinda para a Madeira e foi entre a incapacidade dos serviços médicos em estabilizarem o doente e esse descanso da tripulação que se dá a morte. Se tudo fosse contínuo, sem o tal descanso, eu que não estou em posse de todos os elementos diria que poderia falecer no voo, mas isto é especular. O transporte aéreo tem os seus inconvenientes em certas doenças e os médicos sul-africanos mostraram-se apreensivos com o que viram no relatório do paciente.

Pela cabeça de muitos madeirenses sem posses financeiras passam-se "N" casos ocorridos na família ou com amigos onde alguém próximo faleceu sob condições suspeitas ou de outra doença apanhada nos hospitais mas que não têm meios para fazer valer a verdade, num emaranhado de responsabilidades e interesses encobertos por uma classe médica onde uma parte é "mafiosa" e mercantilista, aproveitando o "bom ambiente da Região", muita dela mais preocupada com seus projetos privados e que recebem "mais aquele" do público. Muitas vezes, as solicitações aos médicos com vários tachinhos fazem os madeirenses não ter a atenção devida, a aguardarem tempo demais em listas de espera, a não ter reação imediata, a passar horas em consultórios e anos em listas para cirurgia e exames. A história é sempre aguardar enquanto se pena com a falta de Saúde.

Este episódio que acabou mal tem um "problema", a família tem posses para avançar com iniciativas de que os madeirenses (garantidos pobres) não têm capacidade financeira para enfrentar o poder dissuasor... Este é o segredo do povo sereno, que cultiva o silêncio para garantir a caridade e os parcos vencimentos. Depois ainda leva de brinde o insulto gratuito. É a felicidade dos governantes... o povo sereno e sem posses. O caso de que tivemos conhecimento hoje vai colocar à prova o Serviço Regional de Saúde e a capacidade dos esquemas se encobrirem, mas também encarna o desejo de que o mesmo seja um exemplo, com culpados e a honrar todos aqueles que, na Madeira, perderam alguém em condições suspeitas. Este caso pode ser a ignição superior para acabar com a incapacidade do poder político em meter as capelinhas da Saúde na ordem. Todos sabemos que ex políticos e médicos usaram o seu poder para desviar da Saúde Pública um serviço de excelência que em tempos diziam haver.

Qual mala pata, qual agouro, qual karma, este caso culmina um bom período da Saúde paralisada por conta da Covid mas sempre a se gabar e a surfar a pandemia, servindo-se do exemplo para generalizar que tudo na Saúde ia bem e era excelente. Foi logo após um novo abuso (por descaramento) de autoelogio na Saúde, no mesmo jornal, que deu duas páginas. Como que apagasse todo o historial de casos e as listas de espera. Como sempre, são os de fora, independentes da "ditadura" que se vive que tomam atitudes. Assim acredito que um dia, caindo de podre, a Madeira se libertará. Oxalá venham vigiar a Bazuca. Já não se pode com a miséria de elogios.

A Madeira fechada em superlativos, com tudo controlado, bateu de frente com a sua realidade, por isso existe tanto medo de comparações exteriores e existe tanto elogio insuportável para consumo interno. Se houver uma próxima pandemia, a Madeira que desenvolva uma vacina e realize o estudo do vírus para dizer ao mundo como proceder. A Madeira que tenha uma entidade independente a avaliar cada doente quando deve ser evacuado da Madeira mas também as condições técnicas e medicamentosas. A Madeira deve muito à gestão hospitalar, então a Saúde Superlativa não sabe que precisa de estudo e de implementar mais eficiência nos atuais e no novo hospital? Novo hospital não significa mudança de maus hábitos. De uma vez por todas, os médicos são pagos para prestar serviço, não são seres superiores a quem se pedincha atenção e nos submetemos aos seus ditames mercantilistas!

Peço ao Dr. Ricardo Vieira, que pulula por todos os lados, que defenda uma só entidade, o seu cliente! Um elogio ao JM que encontrou uma brecha para fazer jornalismo e deu boa cobertura ao assunto.


Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2022
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