Comummente ignorante


P ara quem ainda não se apercebeu, Bruno Melim está mais magro e mais bonito e só por isso li o seu artigo de hoje no Diário. “Teoria do véu e dupla consciência” é o título pomposo que Bruno deu ao seu artigo para dissertar sobre as teorias do sociólogo William Edward Burghardt, um socialista fundador do NAACP- National Association for the Advancement of Colored People, a quem Bruno Melim referiu-se na intimidade por WEB (que pode significar Rede ou Teia).

E não é que logo no primeiro parágrafo encontro o advérbio “comumente”, pouco comum na literatura portuguesa, o que me leva a suspeitar que Bruno Melim anda a ler livros brasileiros. Em português “comummente” escreve-se com dois “mm”, sendo um erro perfeitamente aceitável para quem outrora escrevia “discuteca” com “u”.

Mas não são os erros da escrita de Bruno Melim que me motivam a escrever este comummente texto, mas sim a teoria social que defende. Bruno Melim, entre linhas, compara os “negros americanos” ao povo madeirense.

E pela primeira vez estamos de acordo. Realmente os madeirenses devem ser “negros” por, durante mais de 40 anos, serem escravos de um Partido que levou a Madeira a ser considerada a zona mais pobre de Portugal.

Para Bruno Melim, a culpa não é do Cartel Económico da meia dúzia de amigos que o PSD promoveu ao longo de 40 anos, mas sim da TAP que abandonou os Porto-santenses, esquecendo-se de referir que os “Brancos” da Porto Santo Line fazem o mesmo aos “negros” do Porto Santo todos os anos. Do Ferry nem falou!

E não contente com o que escreveu, lembrou-se de referir os seis mil possíveis desempregados do CINM mas esqueceu-se de quantificar os outros vinte mil desempregados e os quarenta mil emigrantes qualificados que fugiram da Ilha à procura de uma vida melhor porque na Madeira, tal como nos anos 60 nos Estados Unidos, os empregos que existem para os “negros” são nas obras. 

E claro que, para Bruno Melim, a culpa do racismo é de Lisboa e por isso apela no fim que os “negros madeirenses” votem no “Madeira primeiro” dos “brancos”.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2022
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