As estrelas cadentes do jornalismo madeirense


M uitos jornalistas começam a perceber que não podem dar notícias, tal como alguns não podem dar pareceres negativos a obras, por mais que agridam tudo, ou ambientalistas no governo a dizerem a verdade sobre a Estrada das Ginjas (o norte anda mais quente por estes dias do que o sul, o tampão húmido está a mudar).

A notícia começa a passar ao lado dos jornalistas depois destes se arrepiarem com o risco de dar cada informação e ofender tanta asa sobre o jornalismo. Dar notícias é um risco para o estado de graça dos jornalistas. O jornalismo já atira como os políticos do poder sobre os outros para serem idóneos, menos maus ou únicos superlativos numa ilha de anestesiados por eles, com tretas jornalísticas, informação co-responsável, figuras menores promovidas, gente que não traz leituras idóneas. Começa a não existir confiança em enviar uma carta com todos os nossos dados quando estão colados ao poder, tal como dar uma notícia, por fuga de informação, quando agora já não são 4° poder mas poder, executivo. Assim a água procura seu curso para brotar. Julgo que está aqui o crescente sucesso do CM que leio todos os dias, lemos e percebemos que está enquadrado com a realidade. Sentimos as pessoas, conferimos com a verdade.

Muitos jornalistas foram-se deixando arrastar a asa, foram "presos" com convívios, salamaleques, por vaidades, fotografias, favores, necessidades, jeitinhos, e quem arrasta a asa adora esses deslizes, até que se tornam proprietários e acabam-se as notícias. O resultado é consequência de sucessivos erros permitidos por fraca gente. Num instante se resolveu a ilegalidade de roubar pedras, na ALR e nos jornais. Alguns têm o incrível percurso de militantes partidários, jornalistas, comentadores e assessores, dizem que também com estatuto de perfis falsos, eu diria que são gente verdadeira extremamente falsa e sonsa, daqueles que te desmoralizam e dão soco no estômago quando se revelam. Parecem advogados das duas partes em litígio, que na Madeira também os há. Esta é uma terra fértil de podridão, depois é o advogado (do escritório e sociedade) que decide a contenda e não o juiz.

Não há volta a dar, começaram a perceber que o jornalismo faz-se com pessoas idóneas, não querendo usurpar o termo que se vai fixado com as rábulas no CM, o simples facto de mencionarem jornalistas idóneos já é um gozo. A classe por inteiro, devido a alguns, está na lama, rebuscando palavras, atirando aos outros, associando-se a figuras virtuosas e de mérito da vida pública ou até do jornalismo. Caricato é usarem as perseguições à Liberdade de Imprensa no exterior para se dizerem na mesma condição, quando afinal são colaboracionistas de um regime autoritário, ditador e cleptocrata, ao qual já pertencem por nepotismo empresarial das empresas assistidas pelo GR. Não chega falar com moralidade e ética, é preciso exercer e ser. Alguma vez até abandonar e ser jornalista noutro local independente. Já deixaram de considerar ser jornalistas em Lisboa a escrever sobre a Madeira com conhecimento pleno de causa? Os que escrevem desvalorizamos porque lá vem um pormenor que os faz notar como estão desambientados ou então são emissários de cá para lá da Madeira bela, alguns escrevem do partido outros são do partido.

Não há volta a dar, sobretudo quando escolhem de forma tão convicta e ostensiva servir o patrão que lhes paga e seus pupilos, que pretendem eternizar mais 18 anos de pobreza e emigração crescente e demografia decadente. Tudo isto é um grande erro permitido a abutres e estamos a ficar sem a nossa identidade, tudo para os servir, nem que seja estando a pagar as dívidas que os enriquece e que faz muitos vendidos se pavonearem com chorudo vencimento, julgando-se por esse pagamento seres superiores.

A Madeira precisa de um outro investimento no jornalismo que seja independente e com nova gente idónea, esta queimou-se para sempre servindo o regime, o compadrio e a cleptocracia. Agora só temos assessores, às toneladas, em coito uns sobre os outros, dentro e fora do "jornalismo". Mas quem aposta neste covil? Quem aposta numa economia fictícia que tudo atrofia com a política, usada como mordaça financeira? Só aqui não sabem que há mais mundo e que os seus heróis são perfeitos desconhecidos no Universo.

Ao Correio da Madeira, a todos aqueles que contribuem para a existência da plataforma e todos os que escrevem e lêem, desejo um bom ano e sucesso, é uma pedrada no charco ler e sentir que há mais Madeira. É uma grande lição o que se está a passar, afinal é difícil comprar todo o povo com frangos e narrativas.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 1 de Janeiro de 2022
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