B om dia, costumo escrever para o Correio da Madeira na perspectiva do anónimo, porque acho que no meio da pândega que aí vai, em que já ninguém distingue nada, é a abordagem mais correcta no clima que vivemos. Atente-se ao seguinte, as grandes fortunas criadas na região, a vários níveis, com os principais e os mandaretes súbitos é atingido com transparência? Existe ou não Leis para que o Estado fique precavido disso? Existe, mas ao fazer as Leis há sempre uma mãozinha zelosa que deixa uma porta aberta, por ser um mandarete como aqueles dos Inquéritos Parlamentares para politicamente incriminarem uns e salvarem outros, nesta região. Também há as mãozinhas incompetentes, colocadas no Parlamento para que ele não funcione a fiscalizar e a legislar. O Calado só disse a verdade quando não quis a fiscalização séria da Bazuca e montou mais um organismo aberrante em causa própria. Como os jornais...
O problema é que estamos envoltos há 40 anos em ilicitudes, cada vez mais descaradas e parece que nos acostumamos a elas ou nem damos, tomamos uma atitude passiva de quem já se acostumou e se rendeu ao deixar andar e eles, que são os maiores com tudo controlado e que tudo podem, abusam. É uma vergonha colocar aqueles que são os operacionais das ilicitudes a escrever em jornais, com todo o moralismo, espaços aproveitados para incriminar gente sã e decente para que eles fiquem anjos, ilibados e longe dos focos.
Hoje em dia, quando atacam "oficialmente" pessoas, não estamos num plano virtuoso de critica em boa fé para melhorar o nosso futuro colectivo, mas sim de assassinar um potencial perigo para a estratégia da máfia. Por exemplo, quando Paulo Cafôfo está politicamente morto e Iglésias para lá caminha, ausente da Região (se não bater na trave para entrar a donzela carenciada de imunidade parlamentar), vemos que o único activo com capital político na oposição é o Miguel Silva Gouveia. Com o PS-M sem vislumbrar candidato para enfrentar o PSD-M em 2023, isto está como as ilicitudes gostam. E a piada é que no interior do PS-M também querem eliminar o indivíduo que tem maior capital político, e cada vez mais, quando Pedro Calado vai mostrando o que realmente, depois de sérios avisos de muitos, Miguel Silva Gouveia está a ganhar pontos dia a dia, por arrependimentos vários, conforme a "besta", alimentada de heroísmo e de faz tudo pelos seus jornais mas não convence. Miguel Silva Gouveia tinge na mouche muitos e interpreta os mais variados temores escondidos na campanha eleitoral, mostra onde o genial Calado falha, isso irrita a quem será vencedor a promover Calado.
E nisto de usurpação de nomes, omissões, falsos e anonimatos há ainda alguns que vão de boleia! É verdade, esticam-se sobre a decisão dos outros, assim, quem pôs a assinatura foi o anterior, quem abusa é o construtor, quem se ri é o vereador da tutela. Mas e a fiscalização onde anda? Estão a cumprir as quantidades aprovadas? Ninguém sabe e muito menos um leigo em casa. A oportunidade foi dada e agora os donos da terra abusam (link). Hoje em dia, ler os documentos públicos é melhor leitura do que jornais que mastigam para manter o poder. Até ao dia que arranjarem forma de fazer desaparecer ou obstaculizar. Houve um tempo de Pedra Roubada, agora estamos na Terra Solta, sem vigilância jornalística mas alguns mantém a responsabilidade:
Para ir terminando, aproveitando o tempo de antena para depois continuar a gozar o Natal, nesta coisa que também confirmo de desaparecimento de notícias e documentos oficiais, tal como desapareceu a acta que ilibava o professor do Curral e não se respeita os tribunais entregando documentos a deputados da oposição, vamos vendo alguns bons cidadãos a escreverem nos palcos do poder para lhes conferir e transferir idoneidade. Vocês conhecem aqueles candidatos que não valem nada nem ninguém os quer mas são eleitos na penumbra do cabeça de lista? Assim os vejo... São os cabeça de lista da informação desacreditada pelo proprietários e atitudes diárias. Bem sei que vêm de uma dialética anterior, o problema é que participam e não medem a sua nova situação. Depois não rende votos e muito menos vitórias.
Quando um "periódico" tem uma missão, apostam mal a sua valia ao ficar junto dos moralistas da ilicitudes, viciadores de eleições, os Fake News oficiais, as falsas aparências e expedientes tornados notícias, entretenimentos & Fait Divers, os heroicos actos de goveração que escondem a desgraça que concretizaram, enfim. Participam no disfarce dos órgãos de informação que querem um bezerro de ouro na Quinta Vigia para lhes acautelar o seu futuro. Há os usurpadores de idoneidade, em resultado, colocam gente decente envolvida em esquemas de poder enquanto colaboracionistas, verdadeiros mandaretes, meros bibelots do sistema e do regime sem valor político. Esquecem-se que os seus leitores, que não concordam com o regime, e isto já não é política mas sim inverter a pobreza e gerar igualdade de oportunidades, não vão ler. Há muita assinatura que não se renova, sobretudo antigas que viram a evolução. Os novos interessados lêem de assinaturas públicas, portanto, escrevem para quem não os consideram.
Boas festas a todos, leitores e CM.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 26 de Dezembro de 2021
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