Ridículo Fluorescente!


U m átomo quando submetido a uma fonte de energia faz com que os seus eletrões de valência se desloquem para uma camada mais exterior da sua órbita e, quando regressa ao estado normal, emite essa energia em forma de luz. Na penumbra, a fluorescência obtém-se porque os eletrões excitam-se com a pouca energia que recebem libertando uma luz visível no escuro.

Por falar naqueles que brilham no escuro, estou-me a lembrar dos saudosos jornalistas Lília Bernardes, Tolentino Nóbrega, Vicente Jorge Silva e ultimamente Luís Calisto. Todos diferentes mas todos muito iguais porque, de uma maneira ou de outra, defendiam o que achavam justo.

Hoje o jornalismo move-se por interesses, pelo que nos são mais próximos ou por quem nos paga. Que fique claro que todo o jornalista tem o direito à livre opinião mas também tem o dever de aceitar as críticas, sejam elas construtivas ou destrutivas. Esperemos que sim!

No outro dia um jornalista criticava Miguel Silva Gouveia e os seus vereadores por visitarem obras do Município do Funchal de ridículos. Ridículos porquê? Por usarem coletes fluorescentes, conforme exigem as regras da Segurança e do Trabalho, ou por visitarem obras que não são suas? Em democracia, qualquer Edil, seja do lado do poder ou da oposição, tem o direito de fiscalizar o cumprimento do mandato dos eleitos.

Os projetos em causa foram da autoria da equipa de Miguel Gouveia e, apenas por isso, ele tem o direito de fiscalizar e até de revindicar como seus. Nos tempos conturbados da democracia já nos habituamos a que muita gente cumprimente com o chapéu dos outros. O novel Edil, esteve nos primeiros tempos a exibir correções que, segundo ele, com o seu especial toque, tornava as obras perfeitas, até que alguém disse publicamente que as alterações implicavam mais um custo por estar fora do contratualizado, mas que os amigos recebiam de bom grado. Cada ego tinha um custo. Como assim não deu certo, passou a outra estratégia, o novel Presidente Instantâneo, assim que entrou a autarquia começou a ganhar prémios, resolver processos com os seus amigos de campanha interna, a inaugurar. Não se nota tempo para isso porque a Derrama é mais fácil de abater e um empréstimo sobre obra feita também, sobretudo pela proximidade com as inaugurações bancárias, de novo investido em Presidente do Governo. Coisa que nunca é ridícula.

O verdadeiro problema - que o jornalista por distração omitiu - é que o facto de Miguel Gouveia visitar as obras incomodou a estratégia de marketing político daqueles que queriam chamar a si os louros do trabalho dos outros, relegando para segundo plano a promoção constante dos atuais residentes. É bom haver alguma inteligência na oposição.

Como não somos dementes, já todos nos apercebemos que Pedro Calado está a ser levado ao colo para o poder por meia dúzia de jornalistas a troco de interesses pessoais que chocam com o Interesse Público a que Código Deontológico os obriga. Por essa razão ninguém destila nada, simplesmente observa atos precoces num contágio insano da política.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 23 de Dezembro de 2021
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