H oje, como diria o Santo Padre, foi dia santa no Correio da Madeira e o Chefe de Redação, em nome da liberdade de imprensa, proibiu os jornalistas idóneos do CM de criticar o Governo porque considera justo que, pelo menos um dia no ano, os políticos tenham uma jornada de descanso.
Como foram impedidos de entrar na Noite do Mercado, por estarem embriagados com a vacina regional e alegadamente infetados com a nova variante Megatron, decidiram então fazer uma festa de Natal com umas meninas do Madeira Escort vestidas de Renas.
A meio da 9ª Sinfonia de Beethoven, Harmony Especial de Natal, e quando o jornalista maneta tentava montar o Rudolfo, pensando que era uma das acompanhantes disfarçada de Rena, o Chefe de Redação entrou de rompante na Redação, apenas vestido com umas cuequinhas de fio dental vermelhas que a jornalista lésbica lhe tinha oferecido, e ordenou que os jornalistas fossem ao Curral das Freiras investigar uma denúncia anónima, havia rumores de que o berço do Menino Jesus do Presépio do Curral tinha sido adquirido por Adjudicação Direta a um primo da cunhada do Presidente da Junta.
Apanhados de surpresa, os jornalistas ripostaram que isso era impossível porque ainda não havia teleférico para chegar ao Curral. O Chefe de Redação respondeu que saltassem de parapente do miradouro da Eira do Serrado... mas que não ousassem chegar sem uma entrevista ao Menino Jesus.
Contrariados, montaram na Trotineta Elétrica e desceram a Rua do Til e quando passavam na Ponte Nova, no semáforo que se vê estrelas, o habitual bufo da Rua dos Netos fez-lhes sinal de que o Menino Jesus mijava, para subirem a visitar o Presépio do PSD-Madeira porque era mais bonito do que o do Curral das Freiras. Como visitar o PSD nesta época natalícia é menos arriscado do que saltar da Eira do Serrado, os jornalistas subiram as escadas do nº 66, que com mais um 6 não se perdia nada e, surpreendentemente, encontraram no 1º andar Pedro Calado deitado numas palhinhas a fazer de Menino Jesus, ladeado por José Prada vestido de São José e de Rubina Leal fazendo de Nossa Senhora. A adorar o menino estava Miguel Albuquerque vestido de burro e a Sara Madruga, sempre muito sorridente, de vaca. A cintilar estava o João Paulo Marques por cima da manjedoira, era a estrela cadente com um adereço do chinês enfiado na cabeça a fazer pisca-pisca. Os jornalistas idóneos de facto nunca tinham visto presépio igual e, para o do Curral das Freiras vencer, só com o Iglésias nas palhinhas e com Cafôfo a fazer de São José ausente.
Felizmente, como estava de ressaca da água que bebeu na Noite do Mercado, o Menino Jesus do PSD-M confundiu os jornalistas com os Reis Magos e disse que lhe podiam entregar o Ouro mas que a porcaria do Incenso dessem ao Miguel porque ele gostava do cheiro. Quanto a Mirra, tinham de levar ao Quebra-Costas ao Rei Herodes porque servia para embalsamá-lo. Foi justamente ele que nos contou como se deu todo este pandemónio, deve-se ao facto do chinês das instalações do PSD ter pago os 6.000€ deste mês em artigos de Natal. O Rei Herodes disse que, como chegaram umas caixas de esferográficas, está a pensar fazer um recenseamento, porque fica sempre bem nesta altura e sempre dá mais uns votos no Menino Jesus.
Um Feliz Natal a todos os leitores democratas do CM.
