Sondagens como nas obras?

 

Q uero colocar a debate o seguinte, como sabem, por mais que digam que todas as sondagens acertam, estas colocam pormenores de erro e acerto para dar margem ao sucesso, contudo há um facto sinistro que pode ser só da minha ignorância.

Normalmente dizem que fizeram "x" chamadas, que "y" responderam e "w" não responderam, eu queria saber com o fim da era do telefone fixo e das listas telefónicas, de onde saem as bases de dados que lhes permitem fazer chamadas? É que as operadoras de telemóveis não facultam e quase toda gente pede confidencialidade, nós só gerimos os números que conhecemos ou perguntamos, não conheço lugar de pesquisas de números a não ser através de grupos que partilhem uns com os outros. Quem cede os dados pessoais de outros para permitir o serviço? Se assim não é, como podem ter a certeza da amostra ser genuína e corretamente distribuída por zonas e idades com os telemóveis? São só clientes de conta corrente? E os pré-pagos anónimos?

Esta pergunta acontece porque tenho amigos que emigraram, responderam a sondagem mas não estavam na Madeira para votar. Da maneira que isto vai, com as pessoas a manterem os seus números porque o roaming foi à vida, vamos ter os revoltados por ter de emigrar a colaborar nas sondagens sem se refletir nos votos? É que redes sociais e chamadas agora podem fazer parecer que estamos ali mesmo.

Site da ERC:

Como é que as pessoas são escolhidas para participar numa sondagem e por que razão nunca fui contactado?

A seleção das pessoas que participam nas sondagens não é feita de modo arbitrário, tendo antes que respeitar métodos estatísticos cientificamente validados. Na impossibilidade de auscultar todos os elementos de um grupo que se pretende estudar (o universo alvo, por exemplo, os eleitores recenseados em Portugal), as sondagens baseiam-se em amostras. A construção das amostras difere de empresa para empresa. É a forma como estas aplicam e combinam as diferentes técnicas estatísticas que as distingue e caracteriza.

Relativamente ao contacto com os inquiridos, veja-se a título de exemplo as sondagens políticas com um universo de referência de cerca de 9 milhões de eleitores recenseados em Portugal. Como em média costumam ser inquiridas 900 pessoas por sondagem, apenas um em cada 10 mil eleitores participa na sondagem. Verifica-se então que para obter a resposta de todos os cerca de 9 milhões de eleitores recenseados em Portugal seria necessário realizar 10 mil sondagens com amostras de 900 pessoas – e apenas no caso de se assumir que uma pessoa não iria responder mais do que uma vez. Ora, neste cenário a probabilidade de ser inquirido é bastante reduzida. (link)

É evidente que não disse tudo. O que ainda vale é ir a casa pressionar para votar neste e naquele, analógico.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 4 de Novembro de 2021
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