Quando é que a Igreja regional cumpre "Francisco"?


Só se evolui resolvendo com verdade.

P or todo o mundo, a Igreja deste nosso Papa Francisco está a tentar resolver os problemas de alguns falsos pastores da Igreja que pecaram, cometeram crimes e afugentaram os fiéis. O Papa Francisco, pela sua natureza e origens, enfrenta os problemas que outros não resolveram no seio do mofo da Igreja.

Por nenhum momento a Igreja Regional ousa sair do seu mofo e levar a cabo a sua purga moral para poder difundir a fé com credibilidade. Heresia ou blasfémia, a fé cumpre hoje na rotina e na festa do adro, agora limitada pela Covid, mas sem ela é sobretudo por ali, para ver e ser visto, aproveitar a festa que a religião mais atrai. Uma missa até iliba a transgressão viária ou estacionamento abusivo mas não é por aí o que quero sugerir...

A Igreja também atrai políticos de púlpito, são seres iguais aos outros mas por favor não iludam com retórica, em nada diferente do Marítimo da bola a passear candidatos a atirar bolas e camisolas. Para além de todos os mesmos problemas da Igreja no mundo, a Igreja na Madeira ainda não se penitenciou pela subordinação política, antes copia-lhe os defeitos. A Igreja nunca foi ao confessionário.

Dizem que a Igreja enquanto instituição organizada formal e civilmente, separada ou não do Estado, depende do país e da época. Eu concordo. Já houve igreja junto da virtude e Igreja a acompanhar as ditaduras. Penso que vocês já perceberam onde quero chegar. A Igreja local tem casos, seus e da política, mas por nenhum momento houve um bispo capaz de colocar a Igreja no seu lugar e na senda de Francisco, talvez porque o templo e a proximidade política seja mais importante do que a fé... na prática.

Uma Igreja que não se purga é um Cristão que não se confessa, penitencia e reza o ato de contrição, é do mesmo calibre de vários políticos e governantes da terra, os que não se demitem, retratam ou se corrigem para dar mostras de responsabilidade. Significa que cometeram o deslize, estão conscientes mas irresponsavelmente conta o Eu e usufruem das instituições até as descredibilizar. O "pecado" para atuar não reside só no ventre que incha e é visível, há pecados que não produzem efeito mas alimentam a matança da Palavra e do crédito, logo da fé em cada um. São da mesma perversão do político que usa a palavra feita promessa como engodo mas todo o seu percurso é dedicado ao pecado. Ao político tolera-se e castiga-se na eleição, teoricamente, mas e o pastor? Quem castiga? Um bispo desalinhado da verdade e alinhado na política?

Não só a ciência pode descredibilizar a religião e a fé, também os seus líderes e suas atitudes. Isto vem a propósito dos cento e vinte bispos franceses que, reunidos em Lourdes, rezaram de joelhos, como forma de penitência em nome da Igreja e dos seus pecadores, para pedir perdão a Deus pelos abusos sexuais cometidos no seio da Igreja Católica. Eles rezam pelos outros que não se retratam. É sem dúvida um gesto simbólico e de coragem porque vão abordar o relatório que detalha os abusos cometidos a 216 mil menores durante 70 anos, em França.

Nós por cá é só rodos de gente idónea a copiar a estratégia da dissimulação. Há tanto padre falhado...

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 8 de Novembro de 2021
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