A Presidente da TAP está a ser inquirida no Parlamento Regional, numa clara peça de teatro para ilibar ou distrair as pessoas sobre a influência do próprio Governo Regional no encarecimento das passagens aéreas (link). Apesar disso e aguardar mais ou menos respostas iguais à do Presidente anterior, Antonoaldo Neves, a senhora Christine Ourmières-Widener deu uma resposta ao deputado Rafael Carvalho exactamente igual a que fez escola e que o PSD-M fez espalhar sobre o ferry, disse:
a prioridade é restabelecer a capacidade para Lisboa. Christine Ourmières-Widener admitiu que não há perspectivas para abrir novas ligações para outras partes da Europa, dados os estudos que têm vindo a ser feitos em relação à procura.
Imagino que não seja esta resposta que o GR desejava ouvir para a abertura de novas rotas directas da Madeira para a Europa, em vez de passar por Lisboa, mas vai comer e calar, se responder toda a gente vai fazer lembrar que encerram a linha Madeira - Continente por falta de passageiros. É preciso lembrar que um avião tem cento e poucos ou muitos passageiros para a Madeira e a única restrição é a operacionalidade do aeroporto. Nada de esquemas de cargas como no ferry. Mas sendo isto verdade, falta de procura, põe-se duas questões:
- então o destino de ouro não é atractivo para encher um avião de cento e tal passageiros por semana de um destino emissor de turistas para a Madeira?
- E a própria Madeira? Esta coisa de fazer pobres para meia dúzia enriquecer não afecta só a demografia mas todas as economias de escala.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 19 de Novembro de 2021
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