JPP denuncia adulteração danosa no forte classificado do ilhéu


“A intervenção que a APRAM está a realizar no Forte Nossa Senhora da Conceição, mais conhecido por Forte do Ilhéu (século XVII), no Funchal, está irreversivelmente a adulterar o imóvel. Não se trata de uma reabilitação cuidada, acompanhada do ponto de vista técnico pela ética de intervenção patrimonial aconselhada pelas diretrizes por exemplo da Carta de Veneza, e que está a descaracterizar, de forma grave e irreversível, o caráter singular e histórico de um bem classificado”

“Como qualquer leigo pode testemunhar, o que está acontecer é uma bárbara, desastrosa e inestética betonização artificial de um monumento icónico da arquitetura militar da Madeira, uma intervenção da APRAM amadora e agressiva, com aplicação de betão branco nas juntas quando deveria ser uma argamassa tradicional. Além do mais, como já não bastasse o “abonecamento” de um edifício classificado, mais recentemente, o Governo regional aplicou um barramento de uma resina sintética sobre a cantaria regional histórica, tornando ainda mais artificial e danosa à imagem do conjunto”.

“Julgo que, ao invés de outras intervenções realizadas pelo Governo, que foram bem concretizadas, tais como a do icónico Cais da Ponta do Sol mantendo a sua autenticidade e singularidade, esta intervenção no Forte do Ilhéu é uma autêntica vergonha, penalizando o respeito pelo património cultural classificado da Região, e de uma região que acumula prémios sucessivos internacionais no que respeita às boa práticas do Turismo”

“Desta feita, urge ouvir, rapidamente, os responsáveis governamentais no parlamento Regional, nomeadamente o Secretário Regional do Turismo e Cultura com competências no património classificado, e que permanece em silêncio perante este atentado, e a própria presidente da APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, S. A, dona da obra em causa.”

“Estranho, igualmente, o silêncio de muitas bocas críticas, de personalidades que só abrem a boca para a sua douta opinião crítica, de acordo com os seus interesses e de acordo com o “dono da obra” em causa, realçando que também se encontram amordaçados na defesa da causa patrimonial, independentemente dos DDT: Donos disto tudo”.

Ainda a respeito da celeridade das audições, sugere-se que o PSD/CDS aprovem de forma célere e rápida a chamada dos governantes ao Parlamento, e que não levem 2 a 3 meses conforme outras situações. Que sigam, os bons exemplos, da Assembleia da República que, quando se tratam de situações urgentes, os governantes prestam contas no Parlamento em  breves dias, após o requerimento. 

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo,14 de Novembro de 2021
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