Grandes Superfícies: paga a pronto e recebes depois

 

As grandes superfícies com tudo na net.

A ntes da crítica que desejo fazer, puxo um pouco o filme atrás para lembrar que as grandes superfícies são a principal razão da morte do comércio tradicional e que ela se deve á falta de visão de governantes. A nossa capital afugenta cada vez mais os habitantes, porque não é cómoda nem económica de se visitar, não é aprazível com toda a sorte de gente que vagueia por inação da segurança social mais interessada no projeto político e em dar tachos, porque é cara e igualmente incómoda sob o ponto de vista do empresário e dos transitários. Queremos uma cidade para o turismo, essencialmente pedonal ao ponto de destruirmos a vivência e as razões que atraem o turismo e os locais.

As comodidades e concentração de bens e serviços das grandes superfícies atraem o comodismo do carro que se estaciona gratuito de forma direta ou por compras e rentabilizam o tempo com tudo concentrado e às mesmas horas. O centro da cidade não replica se não quiser mas ela é gerida pelos interesses pessoais dos políticos e não pelo objetivo comercial.

As grandes superfícies venceram porque os governantes locais não souberam moderar, como em tantos exemplos pela Europa fora, que conservam os seus centros históricos e comerciais com pura vivência. Lá existe comércio local com sucesso.

E agora vamos ao reverso da medalha. Hoje é Black Friday nas grandes superfícies, a publicidade é tremenda com cores chamativas mas, se formos aos sites averiguar o que nos convém e se existe na loja local a desilusão é tremenda. Não há nada em stock, só mandando pedir ao continente e até ao estrangeiro, pagamos a pronto e recebemos depois, depende do produto e da "lonjura", sem falar nos nossos queridos dos CTT ou do Sousa. Algumas suportam cada vez vendas noutras lojas, fazem o mesmo que os grandes empresários abusadores da nossa terra já fizeram, para ter um site maravilhoso e cheio de produtos, financiam-se e usam os stocks dos outros, são uma farsa. Isso vemos na hora dos stocks e sua localização, no pagamento e na receção da compra.

Agora vamos á grande verdade, quando havia comércio tradicional cada um na sua área esmerava-se, tinha o produto, apresentava, avaliávamos a qualidade e a relação custo benefício, se aprovado levávamos. Agora, passado o momento da matança do comércio tradicional, as grandes superfícies viram-se para o online, é o futuro, do ponto de vista deles pode ser excelente e conseguiram nos mentalizar mas na prática o consumidor é mal servido pelo vendedor e pelos correios. Depois tem a leitura das características que podem ser excelentes de propósito para uma fraca qualidade de construção.

As grandes superfícies conseguem não ter stocks, funcionar com o dinheiro do cliente e vencem servindo muito mal. Tudo porque não existe comércio tradicional por culpa dos governantes. Como sempre, quando só há um lado... abusam! Sobretudo no terrorismo de preços onde a eterna promoção esconde uma variação de preços enganadora, basta ir anotando. Qualquer compra online é, na atualidade, um leilão se observar durante um mês, por exemplo. Chega a haver ocasiões, sucedeu comigo, em que vais comprar um produto, dás início ao processo de compra e na hora do pagamento apresenta-se um preço diferente, mais caro. No comércio tradicional alguém se atreveria a isto, olhos nos olhos?

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 5 de Novembro de 2021
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