Ao desconcerto da Madeira


H á uma série de indivíduos perfeitamente inúteis, tachistas, maus profissionais fugidos para a política, traficantes de influências, agentes políticos e do jogo sujo, que se posicionam para nunca mudar a sua vida de chularia que, para mim, significa receber um vencimento enquanto funcionário público para exercer funções no âmbito político-partidário. Aparentemente falantes, bem é outra questão, contra tudo e todos que ameacem a sua zona de conforto. Têm pedestal, coro, apoiantes da mesma estirpe, página de jornal, voz na rádio, amigos a reconhecer virtudes sem que a fio de prumo se encontre algum. São instigadores, incendiários, maldosos, predadores e necrófagos, sentem prazer em ferir e destruir, têm tempo para isso por conta de um tachinho para nada fazer e andar nesta vidinha de conspurcar outros que valem alguma coisa. Se receberem de volta têm a lábia da vítima.

Há desempregados que procuram um trabalho onde cheguem cansados a casa mas saibam que ao fim do mês garantem a sobrevivência da família, quando decidem escolher o que é bom para eles são maltratados. No sentido oposto, há aqueles que acusam, que têm emprego na função pública e onde ninguém lhes exige trabalho e resultados, nem precisam de ir sequer ao trabalho e sobem na carreira porque são protegidos da política ou de algum dos chamados "bodes grandes"... que abençoam estas funções.

A política autoritária e de adesão massiva por interesse, por não haver solução democrática, destrói a construção da sociedade em equidade, gera ódios e injustiças, pobreza envergonhada e endinheirados desavergonhados. Lata é imprescindível, jogos de amizades e inimizades também. Importantes, viram a cara porque são tão carneiros que um simples olhar, não retificado ou homologado pela tribo, é um sinal de dissidência e queda no descrédito. Eles são a bitola que, em arrogância, define a honra.

Assim vamos na Madeira, cito Luís Vaz de Camões:

Ao desconcerto do Mundo (Madeira)

Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só pera mim,
Anda o Mundo concertado.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado,13 de Novembro de 2021
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