A promoção política traz as Fake News para a comunicação social

 

As fakes do jornalismo e o jornalismo por hobby

C omeço a gostar muito mais daqueles que fazem notícia como atividade favorita que serve de derivativo às ocupações habituais do que dos próprios profissionais. Não são caso único, há por exemplo alguns profissionais da estrada que a consideram sua e isentos de respeitar as regras, os sinais e o bom senso. Os profissionais das notícias estão com a mesma soberba, sem cartão deixamos de falar verdade, não sei é qual o cartão, se a carteira profissional ou o cartão do partido.

Devo lembrar um pormenor que já aconteceu noutros países e nós. que não inovamos nada. vamos observar e não falta muito. Temos assistido ao surgimento de várias iniciativas por Facebook ou Sites que se dedicam à notícia que, depois de reunidos numa rede social, ganham consistência. Eles estão a lembrar que a notícia, pela sua exclusividade ou qualidade, sempre foi o fator de venda no jornalismo. Esse princípio foi agora minimizado pelos profissionais da notícia porque, tudo o que verdadeiramente interessa, colide com os objetivos políticos e comerciais dos supostos proprietários de tudo.

Apesar dos muitos projetos e inovações de entretenimento na comunicação social, a falta de crédito pessoal de muitos está a fomentar o aparecimento do freelancer ou de Opinião Pública ativa. Com as tecnologias sempre na mão através do telemóvel, qualquer um gera notícia factual na maior empresa de comunicação social de todas, a comunidade através das redes sociais. Estamos a um passo de ser incutido o gosto pelo que se faz, informar, similar a distinção entre um profissional da fotografia e um spotter. A diferença está num profissional generalista e num amador profissional num tema. No segundo o conhecimento é poder, não comete erros.

Pelas minhas contas, os jornalistas dominam as técnicas "narrativas" há dois séculos e, ao contrário do que se pensava, produzir conteúdo de qualidade e principalmente exclusivo, em plena consciência de técnica e deontologia, depende muito mais da ... disposição ou predisposição, vontade de fazer. O jornalista na Madeira está a migrar de profissional da notícia para "spotter" da propaganda.

Depois de todos os nomes que possam chamar, um leitor identifica a qualidade e o interesse, significa que se os freelancers da comunidade, cada um com o seu telemóvel, se atuarem mesmo que desorganizados, fidelizam através da reunião numa rede social. Isto gera o factual do "spotter" da notícia que depois compara com a vontade de agradar do jornalista. Ora, agradar é o maior desastre no jornalismo, gera erros, fakes da informação, retira crédito através o uso político das fake news através de órgãos idóneos de informação. O leitor está mais maduro, mesmo aqueles que aderem às fakes por objetivo pessoal.

A comunicação social está-se a condenar à condição de agência publicitária na Madeira.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 9 de Novembro de 2021
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