A "morte súbita" está a matar mais do que a Covid


A morte súbita, que muito se tem relatado sobretudo nos sites da imprensa, tem por comum (em todos os casos) o facto de se reconhecer que a vítima era saudável ou que foi vista em “boas condições de saúde” nas horas prévias da ocorrência trágica. Normalmente resolve-se o motivo para fins de comunicação social e sociedade como sendo uma "cardiorrespiratória". Os estudos sobre esta situação dizem que a principal razão é uma doença coronária.

É evidente que cada país ou zona tem prevalência de umas ou outras doenças porque a forma como se vive, o estilo de vida, os hábitos alimentares e de manutenção do corpo têm influência mas, podemos ver o que se passa com quem estuda, o que falta seriamente na Madeira! Em São Francisco - EUA, entre os anos de 2011 e 2014, foram recolhidos elementos para o estudo dos óbitos que ocorreram fora dos hospitais por razões desconhecidas. Foram realizadas necropsias para chegar à causa da morte e os resultados foram estes:

  • Doença coronariana (58%)
  • Overdose (34%)
  • Cardiomiopatia (18%), sendo as mais comuns a dilatada idiopática e a alcoólica
  • Cardiopatia hipertrófica (15%)
  • Doença neurológica (14%): AVC isquémico, hemorragia cerebral e epilepsia

Morte súbita é maioritariamente cardíaca numa emergência sem assistência médica em tempo útil. A política do desfibrilhador à mão em locais públicos deve continuar e deve-se verificar periodicamente o estado de prontidão dos equipamentos. Quando o coração interrompe abruptamente o funcionamento, a consciência é perdida rapidamente, se a vítima não receber tratamento com um desfibrilador, podem ocorrer danos cerebrais. Por cada minuto que passa, sem assistência, a possibilidade de sobrevivência desce entre 7 a 10%, daqui se conclui que após 10 minutos a reanimação poucas vezes resulta.

Fica claro que por conta da Covid ou dos maus serviços de Saúde, há muito para fazer na prevenção e, estas mortes súbitas são indesmentíveis! O abandono do mercantilismo médico deve dar lugar ao juramento que fizeram, é necessário a implementação de mais estratégias de rastreamento e prevenção para as doenças cardiovasculares, estamos a perceber que o primeiro sintoma de cardiopatia é a morte. Por favor, não queremos telefonemas! É preciso instruir a população para saber se cuidar, os que querem, vigiando os fatores de risco como a pressão arterial, o tabagismo, acompanhamento da glicémia e perfil lipídico, etc.

Não se deve associar Morte Súbita a ataque cardíaco (parte do músculo cardíaco morre com bloqueios nos vasos sanguíneos do coração) ou cardiorrespiratória, é muito mais do que isso, no entanto, a prevalência após os 35 anos na Morte Súbita é a doença coronária (80%). A Morte Súbita é, predominantemente, um problema elétrico, provocado por uma arritmia que torna o coração incapaz de bombear sangue aos órgãos vitais e ao cérebro, caindo na inconsciência e falta de respiração ... cardiorrespiratória.

O que se está a discutir nos nossos dias da pandemia é se, para além do que conhecemos, com os grupos de risco (obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial, sedentarismo, história familiar, diabetes e hábitos tabágicos, etc) se existem novos fatores derivados da pandemia, da vacinação, do sedentarismo... quem explica?!

Entretanto, previna-se com um estilo de vida saudável, não fume, alimente-se de forma equilibrada, faça exercício físico moderado de forma regular.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 24 de Novembro de 2021
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