A COP26 e a manif dos combustíveis


A o folhear notícias deparamo-nos com a situação agoniante da falta de compromissos na COP26 e uma manifestação para o dia de amanhã com a finalidade de tornar os combustíveis mais baratos. Vamos por partes. A dos consumidores é simples, particulares e empresas não conseguem gerir os seus orçamentos familiares ou viabilidade das empresas a este ritmo de escalada de preços, porque com eles, o custo de vida torna-se incomportável.

A situação não significa mais do que o atraso em que estamos relativamente a eliminação do consumo de combustíveis fósseis perante a urgência no combate das Alterações Climáticas. Os governos já deveriam ter colocado outro empenho para auxiliar particulares e empresas na conversação das suas dependências energéticas. Se é urgência ou emergência climática vamos ao ritmo da burocracia e dos políticos?

E não vamos mais longe do que a Madeira. O Plano de Recuperação e Resiliência tem por objetivo investir na nossa resistência às pandemias, alterações climáticas, viabilizar mais soluções online, em suma, que elas não destruam a economia. Por cá, olham para o plano tal como o fazem com as alterações de orgânicas para enfiar mais tachismo ou como contornar a lei para impor as vontades. A Bazuca tem que ser para alimentar o betão e vão pintá-lo como sempre em função do cidadão mas... este nunca "lucra" NADA! Havia um hotel aplaudido para dar emprego e alguns aderiram à farsa, agora perceberam que o hotel está no ar, sem oposição, apesar de todos os atropelos legais e que são escravos.

O Porto Santo em relação à Madeira e a Madeira em relação ao país são excelentes núcleos para impor a nova era mais rapidamente e se orgulhar disso. Contentamo-nos com destino de ouro neste estado de evolução social e intelectual.

Por outro lado, o novo rascunho de acordo da cimeira do clima COP26, apresentado hoje, reduz as exigências aos países na eliminação do carvão e subsídios aos combustíveis fósseis... subsídios? Aqui vemos impostos! No último rascunho, a intenção era "acelerar o fim do carvão e os subsídios aos combustíveis fósseis" e neste novo, de hoje, a linguagem está mais branda, pede a eliminação dos "subsídios ineficientes a combustíveis fósseis" que se dilui num parágrafo sobre o desenvolvimento de novas tecnologias limpas.

Acho humor negro inquinar a força da cimeira desta forma e depois pedir às partes para acelerar o desenvolvimento, execução e disseminação de tecnologias e a adoção de políticas para a transição a sistemas energéticos de baixas emissões, aumentando rapidamente a geração de energia limpa e acelerando a eliminação do carvão e dos subsídios ineficientes para os combustíveis fósseis. OK! Traduzindo isso por miúdos, como é que o cidadão da Madeira vai fazê-lo com este GR e com os rendimentos que tem?

A pergunta é esta... se com a Bazuca já vemos as intenções de alguns e se com a COP26 não se vê palavras diretas e palpáveis para retirar as pessoas e os países dos consumos fósseis, estão a pensar evitar o consumo de combustíveis fósseis com pesados impostos?

Como querem que as pessoas se convertam a novas atitudes se isso implica investimentos? É preciso dizer que a maioria anda com vencimentos de sobrevivência? É o resultado da má distribuição da riqueza. Os Governos não ajudam realmente. Com um texto mais exigente na última COP, os países não trouxeram resultados para a COP26 e agora nesta, quando é cada vez mais urgente salvar o planeta, já em plano inclinado, o texto é suavizado relativamente a combustíveis fósseis? Imagino que os preços vão continuar a subir para a última riqueza dos produtores e o lavar de mãos do governantes... o povo que resolva porque eles, todos, têm os seus lóbis para alimentar.

Versão actual em inglês:

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira,12 de Novembro de 2021
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