Resposta a Violante Saramago Matos (e outros) …


Imagem Google/JM

A pós a leitura do artigo de opinião de Violante Saramago Matos, com devida réplica numa Denúncia Anónima do CM, como (ainda) estamos numa região livre e democrática, posso responder e dar o meu contributo ao rescaldo eleitoral das Autárquicas 2021.

Em primeiro lugar, não me incomoda dar o meu nome. Já tive pressões laborais de 1001 formas e todas sem relação com a política. Acredito que possam existir, mas de “ouvi dizer que” estamos todos fartos. Como tudo, são precisos dois para dançar o tango.

Vamos por pontos:

1. Fraude eleitoral, frangos, carrinhas, candidatos a mostrar a cara, pessoas de laranja aos grupos, passeios, etc. Estamos em pleno século XXI, a ler denúncias num website com publicação no Facebook. Ninguém tirou uma foto à situação (ou situações)? Não existe um vídeo? Não temos representantes nas mesas de voto a ganhar o dia para inferir sobre estas situações? A única “coisa” que poderia ser vista como prova foi uma foto do Vitor Freitas – que a tirou do pico do Arieiro de tão longe que estava – que aparentemente mostra o candidato da Ponta do Sol a levar um saco. O resto temos de acreditar na palavra do Sr. Deputado que descreve o acontecimento. Quando fui votar, às 11h30, ninguém falou comigo ou olharam-me de lado. Talvez foi porque ia de camisa azul e não laranja.

1.1. Sobre a pré-campanha, casas do povo, raticidas, concordo com tudo. Os apoios devem ser dados a quem precisa deles. Deve ser fiscalizado, verificado e aplicar as leis e os regulamentos aplicáveis. Dito isto, um familiar de São Martinho foi ao Porto Santo de excursão pela Junta de São Pedro. Tal coisa, criticam, mas mal têm acesso fazem o mesmo…

2. O PSD fez uma jogada de elevado risco. Apostou a figura mais forte do partido logo a seguir do Albuquerque. Calado apresentou uma equipa de pessoas conhecidas da vida (função) pública, já com percurso municipal, com contactos, programa ambicioso e a bater nos pontos fracos da Cidade. A campanha foi intensa, sempre com a mesma mensagem, bem construída. Calado é um “bicho” político, soube gerir os debates, soube atacar e estava obviamente bem preparado. O PSD tinha de ganhar o Funchal, já se sabia disto em 2017. A Confiança o que fez? Catapultou o Cafofo cedo demais, com o assunto do Monte ainda quente, deixando o Miguel num antro de gárgulas.

3. Sobre o Miguel, votei nele. As Autárquicas são as eleições em que mais do que partidos, são as pessoas que contam. Gostava de o ver tomar as rédeas da CMF como deve ser, com uma equipa capaz, bem informada, com foco na resolução dos problemas e com visão estratégica além do mandato. Todavia não foi isso que vimos. A Confiança apresentou uma equipa jovem, sem experiência, que não transpirou “confiança” para os eleitores. O Ruben era o super vereador. Os restantes são desconhecidos. Mal informado, ou mal assessorado, mandou todas as obras para o terreno em período escolar, ampliando o problema da mobilidade do Funchal que foi amplamente aproveitado pelo Calado. A Frente Mar não ajudou, também.

4. De todas as candidaturas, todas falavam em obras, subsídios, apoios, estradas, ad eternum e ad nauseam. Nenhuma apresentou uma visão para o Funchal daqui a 5, 10 ou 20 anos. Como queremos a cidade? Quais as áreas que devem ser prioridade? Enquanto colocamos o esforço em tapar buracos, é normal isto ser um vazio de ideias e de pessoas.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 4 de Outubro de 2021
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