Os cruzeiros passaram de marginais a melhor coisa do mundo


Q uando quiseram readaptar as instalações do cais norte para um hotel, coisa que não estava previsto pois daria apoio aos navios de cruzeiro, o Governo Regional e as suas câmaras de eco disseram cobras e lagartos da indústria de cruzeiros, que era poluidora mas que sobretudo não derramava ganhos na economia regional. E assim ficou e o hotel levou a sua avante, não fossem os proprietários quem são.

Com a pandemia e a ausência de navios de cruzeiro, a verdade veio ao de cima e os principais interessados começaram a cramar: agenciamento, tours, autocarros, guias, comércio na baixa, restaurantes, vendedores de fruta e hortaliça, vendedores de combustíveis, os carreiros do Monte, aluguer de carros, etc. A APRAM abriu a boca a dizer quanto perdia com a situação, mais para receber mais injeções de capital do que para tirar razão ao poder e às caixas de eco. Nesse dia os madeirenses que não têm fraca memória começaram a perceber que foram enganados pelo poder.

Por incrível que pareça, passamos aos antípodas da argumentação no seio do Governo Regional, instalado o hotel e a lota, agora os cruzeiros são importantíssimos mas como sempre por completo interesse de outro DDT em faturar e, a senhora Cabaço, que não se lhe reconhece formação para estar à frente da APRAM mas é casada com um engenheiro da AFA, até argumenta em programa da RTP-M da necessidade do prolongamento da Pontinha. Um verdadeiro interessado nos cruzeiros, o senhor Welsh que faz agenciamento às companhias de cruzeiro, aconselhou cautela em direto no que se vai fazer. Pura e simplesmente, se as obras voltarem a falhar tranca a entrada do porto.

Da argumentação da Senhora Cabaço, verdade de la palisse (disse estudos), se bloqueia a ondulação de facto não ela não chegará ao Cais 8 mas garante que esse novo cabeço da Pontinha aguenta intempéries? Quem conhece um pouco de história sabe que os antigos não se atreveram a isso e tinham outra solução. Quem vive na Madeira conhece a incapacidade de se construir soluções nas obras marítimas fundamentadas em estudos, a senhora Cabaço apoiou-se numas... foi a empresa das Ginjas?

Nós vamos às cambalhotas, governados pelos interesses dos DDT que consomem larga parte do orçamento regional. Finalizo com o reconhecimento da senhora Cabaço de que o Cais 8 foi um aborto nascido para tantos fins depois do erro colossal em mais uma obra marítima e que, para isso, a solução é mais obra. Sempre a mesma receita, começo a achar que falham de propósito. Que estudos foram feitos para a Pontinha, será como o Cais 8 em que o verdadeiro resultado que não interessava ao GR (obreiro) ficou na gaveta da Conceição Estudante?

Termino observando que os jornalistas desta terra são uns pulhas, nunca investigam nada e usam os seus convidados para gerar polémica mas eles, para estarem em estado de graça, nunca têm um rasgo de investigação e contraditório. Sonsos.

Parabéns ao senhor Welsh, disse o que pensa e não faz coro, até contra si próprio. Homem com H grande explorando outro facto ...

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2021
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira