O país não quer dar o salto

 


A Bazuca dizem servir para aumentar a resiliência,
depois de muitos disfarces acabaremos por apostar
no mesmo modelo. A Bazuca está prisioneira como
qualquer ORAM.

E ste país não quer dar o salto e quer trocar os portugueses por estrangeiros. Nós emigramos por melhores condições para uma Europa mais acima e os empresários portugueses começa a incentivar a vinda estrangeiros para trabalhar em Portugal, é pelo menos a teoria de um grupo hoteleiro português, entre outros. Andamos a formar pessoas para emigrar e o país não é capaz de ver que o erro está na gestão política? Há quanto tempo insistimos neste modelo na Madeira, sempre para os mesmos. Se a competitividade está só nos baixos salários então não sabemos escolher as áreas para investir, com a Bazuca à porta. Cada um tem as ambições acima de onde está e naturalmente, o nosso país só serve para alguém poupar se o cidadão trabalhador for de outro país, noutra etapa de desenvolvimento mais atrasada e com custos muito mais baixos. Estamos desde 1985 na "Europa" e não saímos disto, em vez de crescermos económica e socialmente, vemos a classe média dizimada, os pobres a crescer em número e os poucos ricos a enriquecer ainda mais. Há outra conclusão que não seja a má distribuição da riqueza gerada?

Um país não pode evoluir com décadas de salários de miséria, os vencimentos também ditam o porquê de outros países (que entraram depois de Portugal) na União Europeia nos estarem a passar a frente. Acham que com este poder de compra haverá mais investimento? Pagamos com quê o consumo que aguenta o crescimento das empresas? Ou estão a pensar em só ter clientes estrangeiros para vender casas, na hotelaria, etc. E o resto? Onde está a responsabilidade do governo regional? Só atender os DDT?

O momento que vivemos torna-se irritante com a máxima do futebol, a melhor defesa é o ataque. É isso que tem acontecido a políticos e empresários, todos a olhar para o seu umbigo e não para as suas responsabilidades. É nojenta a narrativa que inferioriza os desempregados para aceitarem o modelo de baixos salários e escravatura. Meus senhores, não dá para viver e vocês sabem! Basta ver como se esfolam em eleições e outros compram políticos para manter o pipepline do ORAM. Metade do ORAM é para obras. Se há quem deva mudar são os governantes e alguns empresários que ditam as regras do jogo, "amantizados" com o poder político.

O que um jovem formado pode sonhar com a sua esperança de vida em Portugal? Zero. Torna-se ridículo depois de não manterem os portugueses no seu país andarem com programas de retorno. O que se confirma verdadeiramente em Portugal é uma das duas situações, ou formamos sem necessidade ou não vazamos com projetos nas áreas de formação. Os portugueses vão gerar riqueza noutros países para mantermos o modelo português. O da Madeira nem se fala, é uma vergonha.

Com tanos desafios e oportunidades no mundo estamos há décadas com o mesmo modelo e agora chegamos ao insulto gratuito de quem, ultrapassado, enriquece com ele. Uma pergunta, a Madeira produz riqueza ou consome a dos outros? Se não estivéssemos na Europa seriamos uns pelintras com estas cabeças dos mandantes políticos e económicos fechados na redoma sem qualquer competição.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 17 de Outubro de 2021
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