Há desleixo na Saúde mental

 

S abendo que o país já era um grande consumidor de anti-depressivos antes da pandemia, preocupa-me verificar que se antes não havia capacidade para cobrir as necessidades, depois veio a "paralisação" da Saúde durante a fase aguda da COVID-19 e agora ainda vejo alguma selvajaria que não pode ser explicada somente por alegrias e festejos, por aqueles que acham que a COVID-19 já acabou. É olhar para Reino Unido e Rússia. Ainda temos muito que aprender e continuamos a ter só vacinas e não medicamentos.

A par disto, cerca de 30% dos pacientes hospitalizados por COVID-19 apresentam manifestações neuropsiquiátricas agudas e tardias. Mesmo os pacientes com apresentação de doença leve ou assintomática, frequentemente apresentam transtornos do humor, associados ao envolvimento neurocognitivo, delírio, ansiedade, memórias traumáticas, fadiga e perturbação do ritmo sono-vigília. Em tudo igual a outros sintomas como perda do olfato e do gosto.

A patologia psiquiátrica pós-COVID-19 começa frequentemente com uma sensação aguda de fadiga, apatia, diminuição do desejo de interação social, diminuição da concentração e distúrbios do sono, cuja persistência são observados na depressão clínica evidente ou nas consequências neuropsiquiátricas de infeções sistêmicas, enquanto a falta de esperança, o pessimismo e a inutilidade representam aspetos mais característicos da depressão maior.

Tenho observado que qualquer situação está a gerar reações extremadas, os jovens não andam bem. Acho que as autoridades e a Saúde não estão a perceber a situação até porque já houve distração nos casos de quem esteve na linha da frente ou ressentiu-se do confinamento, são mais uma adição aos problemas que relato.

Obrigada por existirem, são os únicos que permitem revelar problema de caras num ambiente de bajulação.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 20 de Outubro de 2021
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