Guerra aberta no PSD

 

s hostilidades entre a fação Calado e Albuquerque, despontaram logo na madrugada da noite eleitoral. Albuquerque enforca no pelourinho, junto as portas da cidade do Funchal a secretária regional dos assuntos sociais, Augusta Aguiar. E deixa o seu corpo a vista de todos. Ou seja, deixa para todos a imagem e afirmação de que “aqui quem manda sou eu”. Aqui está a minha marca. Este é o preço a pagar por quem me desafiar. Qual manifestação medieval de afirmação de pessoal e de poder. 
A rudeza e a estética de modos para nada interessam. A afirmação de liderança assim o exige. 

Mas, guerra é guerra. Passada a tomada de posse, o novo edil do Funchal, nos corredores, nos passos perdidos e em todos os bastidores partidários do PSD, numa operação de resgate, tipo israelita, recupera o corpo da “enforcada” e “senta-a numa cadeira” de destaque no domínio executivo da Câmara Municipal do Funchal. A sim coroou a “rainha” Augusta da habitação social da câmara.

Aqui está a resposta, aqui está o troco…! Calado assume a sua afirmação pessoal na disputa pela hegemonia interna do PSD. Que nota mais evidente da luta intestinal pelo poder dentro do partido do governo. 

A fação dominante, Calado/Alberto João não acreditam que o Miguel consiga resistir a uma, eventual, boa campanha da oposição para as próximas regionais. Quantos e quantos exemplos de “coelhos tirados da cartola”, de fenómenos de popularidade imprevistos e de fenómenos dinâmico eleitorais avassaladores, que a ciência política não explica. Não faltam exemplos.

E o hardcore do poder da Madeira, os DDT´s não ariscam, melhor, não podem arriscar perder o domínio do poder político. Miguel Albuquerque é um “Pato sentado a frente de um Caçador”. Exibe vaidades e virtudes duvidosas. Vive de uma auréola de líder messiânico e imortal. Assume a figura do único com o poder, do único que viabiliza e sanciona as decisões políticas. Julga-se na capacidade de decidir quem é quem!  

Por mais voltas que deem à narrativa, a imagem de pessoa perturbada, de raciocínio perdido em nuances e a sua inconsistência de comportamento, não tranquilizam os que de facto decidem, quem é quem. Assim como, as bases, concubinas do regime não arriscam, por dinheiro e lealdade alguma,  perder os seus pequenos privilégios.

O indubitável sinal de resistência e de guerra aberta com Miguel Albuquerque esteve durante umas horas “dependurada” no pelourinho, mas, Calado edil não hesitou, e á vista de toda a gente, e sem subtileza alguma, sinalizou a sua insubmissão ao ex-patrão.

Não poderia ser mais clara e óbvia a abertura das hostilidades internas sobre a estratégia defensiva do PSD para as eleições regionais de 2023. Albuquerque tem contestação aberta e foi ostensivamente desafiado horas depois da sua tentativa de impor a sua versão de Pax Romana à militância e à base do privilegiado dirigismo do funcionalismo público. 

Ah! A terceira via, ou coisa que se insinua como tal, a exemplo da estratégia das internas de 2014, apareceu na varanda do Aeroporto da Madeira a “fazer uns sinais de adeus”. Assim, sinalizaram “ao povo”, que estão vivos e prontos para mandar cônsules ou representantes de negócios para as duas fações, tal qual a sua estratégia de distribuição de forças nessas eleições internas. Mas a evidencia do descompasso, perda de pé ideológico e programático é obvia. Vivem da esperteza burra do seu líder, que só vê aquilo que o seu focinho consegue cheirar.

Para a distribuição do futuro do poder interno partidário, seja a do atual governador  ou do Calado, quem lhes der colo e guarida perde. A presença destes indivíduos de má índole e zero valor eleitoral em qualquer um dos campos, Calado ou Albuquerque é indesejável. 

Não justificam o seu custo político pois não passam de uma perturbação de imagem e de um pesado lastro eleitoral para o PSD. O risco de prejuízo eleitoral de 2023 não suporta a sua menos valia.

Isso não se consegue cheirar. 
É preciso ver e sentir. 
É preciso visão e base de processamento inteligente. 

JSD está com o Calado, todo o Secretariado, a exceção do Prada, estão com o Calado e a velha guarda do Alberto João, com o Calado igualmente. Já agora, como estão no aeroporto, comprem um bilhete para Cabo-verde e vão cuidar dos vossos investimentos pessoais (extracomunitários) que por lá andam parados, ou a andar aos soluços. 

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 23 de Outubro de 2021
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