Eternos Selvagens!

N a semana em que Miguel Albuquerque e José Manuel Rodrigues, como bons exemplos de cidadãos que são, anunciaram nas Jornadas de Reflexão da Policia Judiciária as suas preocupações com o consumo descontrolado de substâncias psicoativas por jovens madeirenses. A Região passou a Estado de Alerta abrindo as portas à diversão noturna e a Polícia Judiciária desmantelou uma rede de tráfego de droga apreendendo 50 mil doses de haxixe e 2 mil de cocaína no interior de improváveis termoacumuladores. 

Muita gente ainda não se apercebeu mas a madeira é uma ilha e qualquer coisa que venha de fora só pode vir de barco ou de avião. Numa ilha em que infelizmente a procura ultrapassa a oferta, o que os presentes no encontro se esqueceram de enunciar é que o pequeno tráfego de estupefacientes chega à Ilha dissimulada em encomendas postais pelos CTT mas o grande tráfego chega encoberto em equipamentos, viaturas, eletrodomésticos, alimentação e produtos conexos.

Enquanto se espera pelos resultados da investigação da última grande apreensão de 2020, em que um dos suspeitos era um agente da própria Polícia, cabe ao Estado e consequentemente às forças de segurança incrementar as operações de fiscalização recorrendo a novas tecnologias analisando tudo o que entra na Região. É difícil? É! Mas com mais meios é possível!

Mas se a droga é um problema económico e social, o consumo de álcool não lhe fica atrás.

Quem esperava que o efeito de meses de reflexão e de confinamento fosse um travão para a folia desmensurada enganou-se. A testosterona falou mais alto e terminou numa enchente de jovens na última sexta-feira, milhares de jovens saíram à rua ávidos do álcool.

O resultado foi o que foi. Três jovens não souberam se controlar e o consumo excessivo de álcool fez o resto, levando os referidos jovens ao hospital em situação próxima do coma alcoólico. O número elevado de jovens era tão assustador que a PSP confessou a sua incapacidade para controlar o número de desordens que ocorreram no último fim-de-semana. Cabe ao Estado criar condições para que os agentes que zelam pela nossa segurança tenham meios suficientes para garantir o Estado de Direito.

Não tenhamos por isso dúvida que os excessos cometidos advém do consumo de estupefacientes e álcool, e por isso já não é surpresa ver o dia amanhecer com jovens, que nem barba têm, estendidos nas ruas em frente das casas de diversão noturna.

Cabe às autoridades fiscalizar com uma maior e mais dissuasora presença, identificando os menores e autuando os empresários prevaricadores que continuam a vender álcool a menores. Doa a quem doer!

É justo que se diga que a Madeira não é caso único no País, mas é urgente que os pais, que são responsáveis pelos menores, acordem para esta realidade e estejam cientes de que os seus filhos correm perigo de vida, para que a morte do jovem no Porto não seja esquecida.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 17 de Outubro de 2021
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