Economia circular: deixar de ser escravo das marcas


Q uando se quer diminuir o lixo, cada vez mais os equipamentos vêm com baterias embutidas. Uma clara limitação da vida do equipamento pela bateria. É irónico que, a simples mudança de baterias, com acesso fácil, seja usado como manobra clara para um fim de vida programado, a chamada obsolescência, porque depois é necessário mão de obra especializada (as ferramentas certas) e uma bateria cara (de propósito).

Este processo comercial iniciado pelos terroristas ambientais e da escravatura chamada Apple, tornou-se um standard adotado por outras marcas, usando falsas razões de segurança ou miniaturização, quando de facto assiste-se a uma programação de faturação, tudo com base em falsas novas versões de produtos que nada acrescentam para além de "mariquices" e redesenho. Claro que mais uma vez, quem não tem um Apple não é gente, o que equivale a qualquer ditadura xenófoba dos nossos dias, inclusive na Madeira. Todos, marcas, partidos, etc, gente que depois assume cargos, parecem querer obsolescência programada desde que eles próprios não caiam, isso é outra conversa.

Desde 2015 que a União Europeia se fixou a si própria o objetivo de proteger os interesses gerais dos consumidores e de lutar contra as práticas comerciais desleais, bem como de aplicar, no âmbito do programa de defesa dos consumidores para 2014-2020, diretivas de proteção dos consumidores no conjunto do mercado único. Tudo isto está muito certo mas não vejo mudanças em nada e estamos em 2021, aliás, só incrementos abusivos.

A União Europeia na altura disse mais, reconheceu que a proteção dos consumidores não está garantida se forem introduzidos no mercado aparelhos eletrónicos deliberadamente concebidos pelos respetivos fabricantes para deixarem de estar operacionais após um ciclo de vida previamente estabelecido, por exemplo a bateria. E mais, é de propósito o que alguns fabricantes fazem, de desenhar com presilhas plásticas que se partem em quase todos os equipamentos, sobretudo eletrónicos, desenvolvidos de forma a reduzir consideravelmente a viabilidade da sua reparação, obrigando assim o consumidor a comprar um novo aparelho.

Quem fala de equipamentos eletrónicos também fala de carros que vão com frequência a oficinas especializadas das marcas, só porque têm um aparelho que faz um clique e nenhum mecânico intervém. Então quando deixamos de ver o carro isto é claro e abusivo!

A transição para uma economia mais circular, em que o valor dos produtos, materiais e recursos se mantém na economia no máximo de tempo possível e onde a produção de resíduos se reduz ao mínimo, é um contributo fundamental para os esforços de todos, pelo bem do ambiente contra a ganância que destrói o mundo mas que também a escravatura dos parcos vencimentos que temos aos ditadores tecnológicos. É preciso passar das palavras às multas, sobre as marcas que não acatam a urgente necessidade de aderir à economia circular e sustentável. Dela podemos usar muito melhor o nosso dinheiro em vez de nos escravizarmos às marcas da obsolescência programada.

Vai começar mais uma cimeira do clima, cheia de promessas sem resultados enquanto o relógio do planeta não pára, a redução dos atuais níveis de emissões de dióxido de carbono tem neste tema algo para mostrar trabalho, com multas pesadas!

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 20 de Outubro de 2021
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira