O artigo de opinião do Diretor do Diário de Notícias da Madeira intitulado “Três avisos à navegação” (link) é um autêntico lamber de botas ao novo presidente da Câmara Municipal do Funchal. O Diretor do DN não se inibiu de lançar rasgados elogios a Pedro Calado desde o primeiro ao último parágrafo do dito artigo. Assim, logo no primeiro parágrafo o Diretor do DN afirma que a tomada de posse dos órgão autárquicos do Funchal foi uma cerimónia “marcada pelo bom senso e isenta de apupos ou outros atrasos civilizacionais”, referindo que Calado apresentou três compromissos extra programáticos que se entendem como “reparos a uma navegação habituada a ajustes de contas, inúmeras facilidades e alguma balda”.
O Diretor do DN salientou também o fato do novo autarca do Funchal garantir que “nenhum funcionário camarário será discriminado”, acrescentando que “não queremos um serviço público de ´porreirismo´ nem de ´clientelismos´, para empregar a mulher, a irmã, o cunhado, o primo ou o amigo!”.
Meus amigos... Esta última frase tem muito que se lhe diga. Se recuarmos no tempo temos muitos exemplos que Pedro Calado, enquanto vice-presidente do Governo Regional, fez inúmeras nomeações de amigos do partido e liderou a política tachista do governo PSD/CDS. Isto só vem demonstrar que Pedro Calado sofre de amnésia e pensa que pode atirar poeira para os olhos dos mais distraídos.
Já que estamos a falar de tachos vamos falar da esposa do Diretor do DN, que ajudou na campanha de Calado e agora vai ficar responsável pela área da comunicação na Câmara do Funchal. Essa senhora após ter saído da TSF Madeira colou-se a Pedro Calado para conseguir um tacho.
Por isso, não admira que Diretor do DN defenda o edil funchalense com unhas e dentes e faça de tudo para bajular e agradecer o tacho conseguido pela esposa.
O DN tem por isso um Diretor (editorial) "vendido" a Pedro Calado e ao grupo AFA, que também é detentor de ações do DN (link). O Diretor do DN é mais um jornalista vendido ao regime e aos donos disto tudo, fato que prova que o jornalismo regional já não tem credibilidade.
Há muito que o DN deixou de ser um título de referência de isenção e imparcialidade... Entre o JM e o DN a única coisa que muda é o nome dos órgãos de (des)informação, a embalagem é diferente mas o conteúdo pouco ou nada varia.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 21 de Outubro de 2021
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