Como escolher o molho ...


... onde vamos ser devorados. 


É como define Galeano a liberdade das eleições. E Drummond de Andrade diz que as eleições servem para corrigir o erro de eleições anteriores. Portugal vai ter novas eleições brevemente, talvez já em janeiro. E estas eleições, como todas as outras em Portugal, não deveriam servir para manter políticos, mas para eleger estadistas. Coisa que não penso vá acontecer.

Não existem em Portugal estadistas, muito menos aqui na RAM. James Clarke diz que um “estadista pensa na próxima geração”. Mas que um político apenas na próxima eleição”. Nunca na RAM isto se conseguiu e muito pouco em Lisboa. Temos, outrossim, muitos chupistas, sempre poucos estadistas

Tivemos no continente, um Soares, um Freitas do Amaral, um Sá Carneiro, um Adriano Moreira, um Arnout, um Guterres (humanismo) , um Ribeiro Telles, mas na Madeira só tivemos o Jardim (da paródia e divida) e um Albuquerque (da desgraça e mais divida). Isto por parte do psd-M. Em relação ao “maior” partido da oposição, o PS-M, alguém se lembra de alguém ?  Talvez nos lembremos de um Pereira (porque está em todas e é aconchegado pela comunicação social do regime), agora de Cafôfo (porque é recente) e mais nada. Um deserto.

A Madeira elege 6 deputados à AR. Lembra-se de alguém que tenha lutado pela Madeira e não pelos seus interesses e de grupo na AR? Um nome, um só nome durante estes 45 anos em que se elegeram deputados à AR? 

Mas temos atualmente, vergonha, um deputado, o Paulo (está na moda este tratamento) do psd-M que é arguido, porque, diz a policia, se aboletou de dinheiros por ter dado morada falsa (da Madeira quando vive em Lisboa). 

As eleições gerais podem trazer consequências políticas, financeiras, económicas e sociais à Madeira. Sobretudo políticas, porque infelizmente nas restantes nada mudará. Continuará a desgraça do costume, o pântano do costume.

Mas vai ser uma forma diferente de os principais partidos madeirenses e o DESgr arranjarem mais desculpas para o que não fazem e branquear, quero crer, derrotas que eles dizem não tiveram. 

O DESgr vai dizer que não faz mais, porque o dinheiro ainda não veio por causa das eleições e o Paulo Cafôfo vai tentar “ressurgir” na tal vaga de fundo, que tanto pretende que aconteça, mas que não aparece. E quero crer que “ressurge”, sendo candidato a deputado na AR. O Paulo Cafôfo não segue o exemplo e o que diz, um grande político europeu, Churchill. Que se pode morrer várias vezes na política e ressuscitar, se tivermos razão, na altura certa. Nem vê o exemplo de Mário Soares. 

Quer se queira ou não, a história recente dos deputados madeirenses na AR, mostra que vão para lá inúteis (como disse o Alberto João referindo-se ao Sérgio, Paulo e Madruga) ou como derrotados (como é o caso do Carlos Pereira no PS-M e agora talvez o Paulo Cafôfo ) e/ou imberbes (o Olavo Câmara talvez para ganhar CV ).

Mas todos eles, são em maior ou menor grau, apenas e unicamente tachistas e chupistas.

Bismark dizia que “nunca se mente tanto como após uma caçada, durante uma guerra e antes de uma eleições”. Vamos ter em Portugal, porque na Madeira é durante todo o ano e durante estes últimos 45 anos, muita mentira a ser dita.

Por isso devia-se votar não em quem mente mais, mas em quem mente menos. Não em quem sabemos já que vão para lá para “o dolce fare niente”, mas quem vá para lá para pensar diferente e que faça algo por esta terra, não como TODOS os atuais deputados da Madeira, que servem apenas como moeda de troca de benesses para outros que não nós.

As atitudes dos deputados do psd-M, como se viu com a paródia no ano passado na votação do orçamento, que até à ultima ainda iam votar PS e este ano, mostra que se vendem, como se vendem as prostitutas (e quero crer que eles gostam do que fazem e elas não). Ter orgulho de se prostituírem não é ser madeirense, quero crer (e se o Miguel diz que a Madeira primeiro, bom só no contexto que o “trabalho” de prostituição se faz num quarto talvez no Savoy, Madeira porque esta ilha começa a parecer um autêntico e gigante lupanar)

Então como vai ser na Madeira ?

No psd-M são 45 anos de mentira e um partido mercenário que quer um povo mercenário. Talvez agora a nuance de que o psd-M vá em coligação com o cds-M. Porque afinal “a moça” do psd-M fez diferença. ( e percebemos que com psd-M e cds-M  o reino da ordinarice, o reino da prostituição é o novo normal mas antigo)

No PS-M vamos ter um demissionário e derrotado, a ter a tentação de se candidatar á AR. Nada de novo no PS-M. O Dr. Paulo Cafôfo queria uma “vaga de fundo”, ansiava por uma “vaga de fundo” e ela em vez de vir dos militantes do PS-M, que o não querem, vem de Lisboa criada por uma coligação negativa de direita e esquerda que derrubou o Dr. Costa.

Estou em crer que para deputados candidatos à AR, o PS-M apresentará uma lista com TOOOOOODAAASSSSS tendências do partido socialista da Madeira. Cafofistas, Pereiristas, camaristas, jotitas…. mais a cambada de “istas” de que aquele partido tem. Ainda vamos ver uma candidatura de líderes falhados. E ninguém vota em líderes derrotados que nada acrescentam de novo ao que (nunca) fizeram.

Para o JPP, esta é uma boa ocasião de eleger deputados. O PS-M apresenta-se a nós madeirenses a ser liderado por um derrotado demissionário (que já adiou a reunião para marcar eleições para quem o substitua porque está à espera!!!! do que todos sabemos: Eleições). Como o regime vai apresentar inúteis, o JPP pode ir buscar votos a quem não se revê num e noutro partido.  Pode ser a moeda de que ninguém talvez ainda tenha apostado a sério.

O JPP pode ser a diferença, a moeda nova, como dizia o “Sr. Silva” com razão (das poucas vezes a teve ), para começar a deitar fora a antiga. 

Existem dois tipos de votantes no partido socialista. O socialista militante e o resto. O que vota Dr. António Costa, não o Paulo Cafofo e o resto (aqueles que já acreditaram no Paulo Cafofo e no PS-M ). Tal como existem três tipos de votantes no regime: os dependentes (em ordenados e mordomias); os grunhos que são usados e abusados pelo regime (masoquistas) e aqueles que veem mais vida para além daquela que regime (psd-M/cds-M) impõe. 

E é nestes que o JPP poderá fazer diferença, permitindo-os finalmente serem um partido regional e alternativo, não apenas local. E para isso o JPP tem de apostar em candidatos diferentes, de pensamento distinto, diferente, nunca presentes neste pântano que é a política regional. Que saibam falar com razão, sem medo, chamando as coisas pelo nome. Que sejam alternativas aos inúteis que o regime vai apresentar e aos derrotados que quero crer o PS-M vai apresentar. Que devem olhar para o cargo de deputado na AR, não como “jobs for the boys” mas como um “job to serve madeirenses”

E os outros partidos ?

Os outros partidos só estão lá para tirarem votos a PS-M, JPP e psd-m/cds-M (coligação ) porque não nos esqueçamos, com o método de Hondt, o primeiro deputado precisa de muito voto par ser eleito, os segundo menos, ….

Estes partidos ficam com restos que não os fazem eleger nada, mas fazem perder aos outros. 

Se alguém votar Chega é bom, porque psd-M/cds-M ficam com menos; se alguém votar CDU estão a votar contra a história; se alguém votar IL, para já nada acrescenta (no continente sim) porque aqui na RAM APENAS se elegem 6 deputados e a bipolarização faz-se.

Mas o JPP pode fazer a diferença. Porque tem uma base de apoio real e una. 

É necessária e cada vez mais com urgência, fazer diferença na política da RAM. Eleger a diferença. E é nesses que se deve votar. 

Luís Matos

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 28 de Outubro de 2021
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