N a última sexta-feira, decidi ir jantar fora, a um restaurante de 'sushi' na Rua da Casa Branca, no Funchal, e eis que, na minha aposentadoria, quando julgava já ter visto tudo na vida, descubro que ainda tenho cenas para ver que são dignas de uma região do terceiro mundo.
Sentado na esplanada do restaurante, presenciei a chegada de uma viatura Audi A1, cuja condutora ligou os piscas e parou na via, a par de outras que se encontravam estacionadas fora da faixa de rodagem, interrompendo assim a circulação de veículos nos dois sentidos, provocando um aglomerado de trânsito à sua retaguarda. Entretanto, a condutora abandonou a viatura naquela posição e eu para com os meus botões pensei que fosse dar um recado a alguém ou, no limite, buscar algum "take-away" previamente encomendado, mas, para meu espanto, vejo-a sentar-se confortavelmente à mesa da mesma esplanada onde eu me encontrava, junto de um grupo que já ali estava. Então, constato que no veículo haviam ficado duas crianças, uma no banco da frente e outra no da retaguarda, as quais, pelo que me apercebi, jogavam cada uma com o seu tablet ou smartphone. Passado algum tempo, chegaram dois casais e uma criança junto da viatura que estava estacionada fora da faixa, à direita do Audi, tendo colocado a criança na cadeirinha do banco da retaguarda, lado direito, ou seja, junto do passeio, ficando a aguardar que alguém se aproximasse para poderem entrar no veículo e abandonar o local, porém, a condutora do Audi continuava impávida na companhia dos seus amigos, sentada junto à respectiva mesa. Estranhando a demora e não podendo entrar no seu veículo, porque não dispunham de espaço para abrir as portas do lado esquerdo, o condutor e passageiros da segunda viatura tentaram questionar as crianças do carro em infracção, mas simplesmente foram ignorados por elas. A duro custo, o condutor que estava a ser lesado conseguiu entrar no seu carro e fez uso dos sinais sonoros; só então, é que a condutora compareceu no local, indagando ainda sobre o que é que queriam, sem jamais pedir desculpas pela sua atitude.
Após a saída da viatura daqueles cuja paz de espírito havia sido constrangida, a condutora estacionou o Audi no local e, pela cara de enjoo, até parecia que o lesado havia sido ela.
Realmente, esta sociedade está perdida, podre, e as crianças que assistiram e provavelmente presenciam outras situações do género, seguindo o exemplo e atitudes dos pais, futuramente, ainda hão-de ser piores do que estes.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 11 de Setembro de 2021
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
