Ratanplan e os Dalton da Madeira

 

E ra uma vez um cão chamado Ratanplan, conhecido por ser o cão mais estúpido do oeste e o único do mundo mais lento que a sua própria sombra. Numa bela manhã de 26 de setembro, Ratanplan levantou-se com as galinhas para ir votar acompanhado pelo dono Lucky Luke, o solitário cabói madeirense.

Mas o dia não tinha começado bem para Ratanplan, acordou com uma dor na barriga por ter comido frango estragado oferecido por uma das candidaturas. Preocupado com a saúde de Ratanplan, Lucky Luke telefonou para o novo serviço de Teleconsulta de Animais mas, foi informado que o serviço só começaria no dia 27 às 6H00 da manhã.

Depois de dois Kompensan e munidos do Cartão de Cidadão, Lucky Luke montou o seu cavalo Jolly Jumper e os três dirigiram-se para a Assembleia de Voto mais próxima da sua freguesia para cumprir o seu dever cívico.

Para desespero de Jolly Jumper, pelo caminho, Ratanplan marcou território em todos os cartazes que alguns candidatos se tinham esquecido de retirar e ainda mordeu um cidadão inocente que ainda andava a distribuir cabazes de frangos àquela hora da manhã.

Depois de passar o semáforo laranja da pradaria da Rua dos Netos, seguiram em direção à Praça do Município. Como era habitual quando passavam na Praça, o desastrado Ratanplan tropeçou num grande buraco, mais precisamente onde um dos candidatos a xerife prometera uma nova Cavalariça. Uma hora depois, lá conseguiram retirar o Ratanplan intacto do fundo buraco com mais de 6600 pés de profundidade.

Sem perder mais tempo, os nossos heróis chegaram à porta da Assembleia de Voto, contudo e surpreendentemente, foram barrados pelos Dalton que os queriam impedir de votar alegando que, para entrar, tinham de vir vestidos com a farda da prisão que era laranja às riscas negras.

Lucky Luke, conhecido por ser o cabói que dispara mais rápido que a sua própria sombra, sacou da arma e atingiu, com um só tiro, Miguel Dalton e Pedro Dalton nos tintins, que é onde dói mais. Os outros Dalton vendo as coisas mal paradas agarraram no dinheiro roubado durante décadas e fugiram a nado para longe, levando atrás deles os tubarões esfomeados.

Depois de Lucky Luke ter votado para o xerife da cidade e, de Ratanplan ter anulado o voto pensando que era de comer, o nosso cabói montou no seu cavalo para regressar ao conforto do lar.

E foi com um lindo pôr-do-sol e ao som de "I'm a poor lonesome cowboy, far away from home” (link), que Lucky Luke chegou a casa e descobriu que tinha perdido o Ratanplan pelo caminho. Preocupado, o nosso herói voltou atrás e encontrou Ratanplan enrolado com a Sissi. 

E a história acaba como todas as outras. Ratanplan casou com a Sissi, tiveram muitos cãezinhos e viveram felizes para sempre.