O Turismo na Madeira, críticas construtivas "Take 1"

 

Sucedem notícias que em nada abonam o slogan

Trabalho no turismo á 15 anos, estou por dentro.

S egurança na Montanha - há tempos vi um debate na RTP-M com um guia de montanha, o presidente do IFCN e o comandante dos bombeiros de Santana. Nunca houve uma reunião, que deveria de ser no mínimo semestral, incluindo também a Proteção Civil e a Secretaria do Turismo para debater este tema e agilizar soluções, minimizar os perigos nos trilhos, levadas e caminhos reais da ilha. Primeiro tem de ser feita uma profunda manutenção dos trilhos e levadas, o que neste momento classifico como VERGONHA, existem trilhos fechados há anos, por exemplo, o acesso ao pico Furado na Ponta de São Lourenço, tem lá uma pequena placa a dizer trilho encerrado, muitos turistas nem vêem e até já existe “novos” caminhos, onde a vegetação endémica é espezinhada e os acidentes acontecem quase sempre nesse troço. Temos visto vídeos de carros estacionados até à Quinta do Lorde, existe uma grande carga humana neste trilho e pouca estratégia de controle, segurança e limpeza (nem um ecoponto existe neste estacionamento).

Em 2017 a proteção civil lançou uma aplicação móvel, a PROCIV, para saber a localização exata de um pedido de ajuda, custou 6 mil euros, funciona? 4 anos depois e com a evolução diária das aplicações deveria funcionar quase em pleno, vulgo dentro dos túneis e alguns vales, não seria uma mais-valia? Onde está divulgada? E em que línguas? Por falar em divulgação, o site do Turismo tem exatamente as mesmas informações de há 10 anos atrás, só mudou o Logo para MADEIQA e a que preço?

Assisti ao debate e á inercia política habitual do presidente do IFCN Manuel Filipe, mestre engenheiro florestal, mas que pouco percebe ou quer perceber e fazer evoluir o IFCN. Disse que é difícil a manutenção dos percursos e seus custos. Porquê as casas de abrigo são adjudicadas a privados e não ao IFCN? Casa do Sardinha, Casa do Ruivo, Casa do Rabaçal. E a casa da Bica da Cana, Lombo do Mouro, Caramujo porque não são adjudicadas ao IFCN? Em que os lucros podiam ser aplicados em contratação de mais vigilantes da natureza, replantações CORRETAS, manutenção e limpeza de trilhos …

Temos 3 Pessoas desaparecidas nas nossas serras, isto não é grave? (nunca aconteceu) Não deveríamos investigar e prevenir estas situações? O nosso turista “tipo” mudou, temos muitos instagramers à busca de likes/patrocínios que não estão preparados para as nossas serras e clima, e temos um Secretario de Turismo que passou os últimos anos apenas a anunciar viagens fantasma. É necessário que nos adaptemos rapidamente a esta realidade, estes intagramers fazem mais publicidade (de borla) do que qualquer Madeiqa junta (ironia).    

Uma mais valia - deveríamos ter macas juntamente com DEA (desfibriladores externos automáticos) na Casa do Pico Ruivo, reduzia o tempo que leva a equipa de resgaste a chegar a este local visto não terem de acartar a maca.         

E falo nos guias de montanha como também os guias de BTT, canyoning, escalada, de mergulho, de mar, interpretes, e todos aqueles que são a “cara” da Madeira, sim porque NÓS estamos por dentro do muito que tem de ser feito nesta área, e que pouca vontade política existe!

O "Take 2" vem a caminho!

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 29 de Setembro de 2021
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