Hienas e tachos

 

T udo tem um preço. É inevitável. Tudo tem um custo, não há ofertas de graça. Vamos pensar um pouco na instituição do tacho. É certo que uma pessoa precisa de viver, mas deve ter bem presente que vai pagar alguma coisa por isso, nem que seja a sua autonomia e liberdade de pensar pela sua própria cabeça. Conheço tachos na área da oposição e do poder, e esses tachos servem objectivos claros: ladrar e morder. Vigiar e punir.

Nenhuma figura pública sobrevive na esfera social sem tachos, porque o seu bom nome depende de ter gente a proteger a retaguarda. Sem tachos não há hienas a defender a “figura pública”. E isto é problemático, há gente honesta com o seu bom nome na lama. Porquê? Não tem tachos para oferecer, e todos os tachistas profissionais mordem. Mudar isto é complicado. Não quero trazer nomes aqui, mas conheço várias destas figuras “hienas”. São capazes de destruir reputações de gente boa, e criar boas reputações de gente má. Trocam o valor das coisas. Vendem bronze como se fosse ouro. É preciso ter cuidado com esses profissionais. Mas há alguns pontos que ajudam a clarificar o modo como lidar com essas criaturas. Vejamos:

A) Saber quem são os seus donos. 

Este aspeto é essencial, se soubermos quem é o patrão facilmente podemos alinhar o discurso com o do patrão. O tachista é um subordinado. Tem de se mexer em favor do dono, logo se tivermos o discurso pronto e preparado, podemos facilmente nos defender. É preciso ter cuidado por vezes, o dono muda. Há transferências no mercado dos tachos, são raras mas acontecem. 

B) Conhecer onde o tachista se mexe.

Todos os tachistas de algum modo já fracassaram. Aceitar um lugar destes exige uma travessia no deserto. Quando tudo falhou, anda-se à procura de salvação. Os tachistas estão cheios de ódios de estimação. Como já fracassaram guardam ressentimentos obtusos, é importante conhecer estes ressentimentos. O percurso do tachista é essencial para perceber o seu perfil. 

Dito isto, é preciso ver que os tachistas usam a maledicência para fazer o seu ofício. Trabalham na insinuação até o limite. E há os tachistas que são promovidos. Conheço alguns que subiram na carreira e agora são apenas leais aos seus antigos donos. Leais enquanto é necessário ser. Depois disso, já não é. É pena não poder mencionar nomes aqui. Há biografias muito bonitas na nossa praça. Bonitas para quem gosta de horrores. 

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 30 de Setembro de 2021
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