Editorial - Liberdade e Seriedade


J á diz o velho ditado - "a mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta". Vem isto a propósito da publicação de um editorial (chamemos assim) num matutino da madeira (*). Indigna-se o referido diretor e sorvedouro do erário público, sim porque também a imprensa na Madeira é subsidiada, cujo respetivo vencimento mensal é um atentado ao povo trabalhador madeirense (a rondar os seis milhares por mês), “com os desvarios que diariamente correm nas redes sociais, constituindo um misto de liberdade de expressão e de irresponsabilidade”. 

Não deixa de ser caricato que um jornalista se insurja contra a liberdade de expressão do povo, quando passou toda a sua vida a defender a mesma, muitas das vezes como testemunha de colegas jornalistas acusados em processos judiciais.

Por outro lado, a inquietação manifestada no editorial levanta a ponta do véu, no que diz respeito à qualidade, isenção, seriedade, independência e idoneidade da classe jornalista existente atualmente na Madeira.

O povo já percebeu que os jornais desta terra são hoje um meio para beneficiar ou prejudicar/denegrir alguém. Funcionam como uma tentativa de lavagem cerebral dos seus leitores, procurando obter a vantagem pretendida com a divulgação dessas notícias.

Não raras vezes, fazem da omissão e secundarização dos factos noticiosos, da perseguição a certas pessoas e instituições, do convite a colaboradores amigos, verdadeiros situacionistas do sistema político ou económico, sem qualquer obra ou trabalho feita na vida, do beneficiar certos locais, figuras públicas e empresas com a divulgação de notícias, em detrimento de outros, o seu modus operandi.

Logo, chegou o momento da exaltação popular feita, por enquanto, nas redes sociais e utilizando para o efeito a liberdade de expressão. Do muito que tenho lido, fico com a ideia que 85% do que é dito tem fundo de verdade.

Compreendo que deve incomodar o referido abonado jornalista o facto de ver sair notícias nas redes sociais, e não poder publica-las no seu jornal. Mas isso é o resultado da opção que tomou de subserviência política e económica. A de ouvir uma parte.

Ainda bem que o povo fala e exprime o que lhe vai na alma, pois fá-lo de forma livre, em prol da sociedade e com consciência cívica.

Um conselho ao referido abonado jornalista - em vez de criticar o povo, primeiro faça a sua introspecção e penitencie-se pelo mal que tem feito a todos os que o rodeiam. Pratique o bem, cultive valores como a seriedade, a honestidade, a imparcialidade, a verdade e o respeito por todos os cidadãos, independentemente da sua raça, religião, formação, condição económica e social. 

Por último, interiorize na sua prática quotidiana alguns dos dez mandamentos da lei de Deus - honrar pai e mãe, não matar, não cometer adultério, não levantar falsos testemunhos, guardar castidade nos pensamentos e nos desejos, não cobiçar as coisas alheias.

Aqui fica a opinião de quem jamais admite lições de moral de quem não tem qualquer credibilidade!

Parabéns ao Correio da Madeira pela luta contra este tipo de acéfalos.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 18 de Setembro de 2021
Todos os elementos enviados pelo autor. Imagem CM.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira