… e Miguel Iglésias?


D epois de Paulo Cafôfo ter tomado a melhor decisão face aos resultados eleitorais, demitindo-se de Presidente do PS e de deputado, ficam as dúvidas se não deveria ir mais alguém com ele.

Quer se goste, quer não, a atitude de Paulo Cafôfo é de louvar, assumindo toda a responsabilidade pelos maus resultados na Madeira. Estamos convictos de que Paulo Cafôfo foi uma vítima da pouca experiência política que possui. Deslumbrou-se com a rápida ascensão e esqueceu-se que tudo o que sobe pode descer. Foi muito duro de ouvidos perante o convencimento, enquanto alguns mais experientes alertavam. Na verdade, Paulo Cafôfo foi vítima da sua própria inexperiência, confiando em alguém que não merece qualquer confiança. O Partido Socialista na Madeira tem de se deixar de joguinhos de bastidores, de marias bilhardeiras e falar diretamente para o povo, arranjar quadros dignos e não uma prole que não quero adjectivar. O problema é que querem ganhar à sua maneira ... mas não têm maneira.

Miguel Iglésias ficou conhecido como o estratega por detrás de Cafôfo, isto é, aquele que definiu, entre outras tontices que não lembra ao diabo, a estratégia da operação de charme junto aos grupos económicos do regime. Nada mais errado, os grupos já tinham a sua própria estratégia e andaram simplesmente a gozar com Paulo Cafôfo. Não houve fundamento diferenciador.

Na penumbra - e como se não fosse nada com ele - ficou Miguel Iglésias agarrado como uma lapa ao pouco poder que lhe resta dentro do Partido Socialista. Nestas eleições remeteu-se ao silêncio deixando Miguel Silva Gouveia se estatelar ao comprido. 

Nada em Miguel Iglésias é inocente, e a recente participação no comício do Porto Santo revelou que ele é uma pessoa que se agarra a qualquer oportunidade para brilhar. Agarrado às sondagens que no Porto Santo indicavam uma vitória do PS sobre o PSD, apressou-se a viajar para a ilha para garantir uma vitória estrondosa sobre o PSD. 

Se corresse bem, Miguel Iglésias seria o herói da reconquista de uma Autarquia ao PSD, enquanto a queda do Funchal seria o enterro de Miguel Gouveia e de Paulo Cafôfo. Correu mal e o PSD venceu no Porto Santo. Temos pena!

Miguel Iglésias, por mais que esperneie, vai ficar conhecido como o coveiro de Paulo Cafôfo pois deitou a perder uma oportunidade histórica que dificilmente se irá repetir. Miguel Iglésias é o protótipo de “cubaninho” que quando chega às ilhas julga que é mais esperto do que os outros todos e que vai ludibriar toda a gente com palavras. Palavras leva-as o vento! 

A Miguel Iglésias resta a dignidade de acompanhar a nobre atitude Cafôfo demitindo-se de todos os cargos políticos que ainda detém. Ao Partido Socialista, resta escolher outro líder, isento e longe de qualquer ligação económica que prejudique o partido junto ao eleitorado.

Quem será ou senhor ou a senhora que se segue?

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 27 de Setembro de 2021
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